sábado, 28 de maio de 2011

A busca pela realização dos sonhos - João Bosco Leal


27 de maio de 2011

Por João Bosco Leal

Desde os tempos mais remotos conhecidos da história o homem busca alternativas para construir um mundo melhor para si, seus filhos e netos.


Analisando qualquer dos meios utilizados para isso, sejam físicos, econômicos, científicos, médicos, emocionais ideológicos ou religiosos, percebemos que a busca do homem é sempre a mesma: uma vida mais feliz.


Fatos históricos como o descobrimento ou a invasão de novos territórios, saques, crimes e até guerras sempre ocorreram por motivos religiosos ou em busca de riquezas e poder.


Os homens acreditavam, e muitos ainda acreditam, que mesmo ocorrendo muitas mortes para se atingir esse objetivo, quando de posse daquele território, daquela riqueza, ou imposta sua religião como a única, teriam um futuro melhor, mais abundante, pacífico e feliz.


Sabendo serem mortais, Imperadores e Faraós mandavam construir seus próprios jazigos com muitos ambientes e salas onde guardavam fortunas, acreditando que em uma provável e desconhecida vida posterior à morte poderiam continuar poderosos com seus tesouros.


O homem também sempre buscou prolongar sua vida, motivo pelo qual recorreu a pagés, curandeiros, magos, bruxos e aos médicos e cientistas atuais, que estão conseguindo realizar grande parte dessa ambição.


Cada vez mais as doenças estão matando menos, e os remédios prorrogando o fim e diminuindo o sofrimento daqueles para quem ainda não se conseguiu a cura.


Cientistas buscam incansavelmente derrotar as doenças e deficiências humanas com novos tratamentos, transplantes de órgãos, de medula óssea ou gerando novas vidas com fertilizações in-vitro, transferência de embriões e mais recentemente com clonagens.


A utilização das novas tecnologias permite retardar o envelhecimento, proporcionam uma melhor qualidade de vida e certamente isso ocorrerá cada vez mais.


Os pais, sabendo dos riscos e dificuldades que a vida imporá a seus filhos, mesmo que inconscientemente, adiam o quanto podem os primeiros vôos solo, sonhando com uma vida perfeita para as ‘crianças’.


Nada convence os amantes, simples mortais, da impossibilidade de viver sua paixão eternamente e que o máximo que conseguirão, como dizia o poeta, é “que seja eterno enquanto dure’.


Ideologias políticas e muitos outros sonhos dos jovens tornam-se motivo de desilusão destes e descrédito dos políticos, que deveriam discutir leis e regimes que proporcionassem menor desigualdade e melhor qualidade de vida da população que os elegeu, mas só buscam os próprios interesses.


Em muitos países do oriente médio e da África alguns líderes utilizam falsas afirmações religiosas, distorcendo textos tidos como sagrados por aquelas populações, para com isso submetê-los às suas determinações. Alguns de seus seguidores chegam a se implodir envoltos em bombas, acreditando na promessa de que essa atitude os levará a uma nova vida, nababesca e repleta de mulheres virgens à sua disposição.


O poder e a religião são veículos utilizados para o que durante séculos foi e permanecerá sendo a real, eterna e única busca do homem: a realização de seus sonhos.


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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Espiritualidade com os pés no chão


Escrito por Hélio Arakaki

Terça-feira, 23 de Novembro de 2010 23:48

Existe um padrão comum a uma grande maioria em relação as busca pela realização na vida. Já no término da adolescência começamos a nos preocupar com a profissão. E depois de ter conseguido uma certa estabilidade financeira, surge o desejo de encontrar uma parceiro (a) afetivo(a) para constituir uma família. Então, depois de ter alcançado estas buscas,a profissão e a constituição de uma família, surge a necessidade de encontrar um caminho espiritual.



Penso que a vida espiritual não compreende apenas seguir uma determinada religião, seita, filosofia, sociedades secretas etc. Tampouco que a espiritualidade seja um caminho para resolver os nossos dramas próprio da existência, como a doença, dificuldades financeiras e perdas afetivas.



Existe uma frase que diz que não somos seres humanos com experiências espirituais, mas seres espirituais com experiências humanas.



Significa que a espiritualidade não pode ser separadas das questões do dia-a-dia. Não significa estabelecer um momento ou local especial para praticar a espiritualidade, como, por exemplo, ir a um culto, uma missa ou meditar. Este procedimento pode gerar atitudes dissociadas, por exemplo, a situação onde muitos frequentam locais sagrados apenas para buscarem momentos de paz momentâneos, mas ao voltar ao cotidiano praticam atitudes nada espiritualizadas.



Não pode existir a separação do que é sagrado do que é profano, a vida em si já é sagrada.

A vida espiritual está em nossas experiências mundanas, ou seja, neste mundo físico do cotidiano. Respirar, caminhar, lavar louça, trabalhar, desde que realizadas de forma consciente, é uma prática espiritual.


Por outro lado, procurar a espiritualidade apenas para resolver os problemas pessoais, eliminar a insegurança ou aliviar o medo da punição divina, faz da prática espiritual uma muleta. Para alcançar o Divino, antes de tudo, precisamos caminhar com as próprias pernas, ou seja, sem a fé em si mesmo, não se pode dizer que se tem fé em algo superior. penso eu.



Espiritualidade é, como na frase dita anteriormente, vivenciar as experiências humanas, constatar as nossas imperfeições e limitações para se dar ao trabalho de lapidação visando nos transformar em pessoas melhores.



É muita ingenuidade crer que, simplesmente frequentando uma religião, praticando rituais ou através de uma oração fervorosa, possa superar as dificuldades e tornar a vida melhor. Uma vida melhor só pode ser desfrutada quando nos equilibramos interiormente.



Eu acredito em milagres! E a fórmula para alcançá-los é esta: 10% de fé e oração mais 90% de transpiração. Significa superar as limitações humanas, como o hábito da protelação, a falta da responsabilidade pelo condução da própria vida, a falta de perseverança, a ilusão de que Deus venha fazer tudo por nós, e agir.



A prática espiritual consiste em aprender a ter comprometimento, paciência, aceitação e coragem para não ser afetado negativamente pelos fatos externos. Como recomenda a Oração da serenidade: Senhor, dê-me a serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar, coragem para modificar aquelas que podemos e sabedoria para distinguir umas das outras.



O que podemos modificar? As nossas escolhas, o nosso comportamento, com certeza.



Conheço pessoas que são ateus, mas possuidoras de um coração puro, sem maldade e sempre de bem com a vida. Penso que elas são altamente espiritualizadas, inclusive, mais que aquelas que vivem enfurnadas na prática espiritual, conscientes do que é certo ou errado, mas cometendo atos contrários do que professam

Deste modo, quando um mendigo, ao ganhar um prato de comida,busca compartilhar o alimento com os companheiros de rua, naquele momento ele está vivendo uma conexão com o sagrado, com o Divino.



Para terminar, um texto engraçadíssimo do Luis Fernando Veríssimo, que mostra o ser humano que somos nós, imperfeitos, mas, como afirmei, que através da consciência pode refrear seus impulsos e agir para o bem de si mesmo e do próximo, apesar de que nem sempre as coisas saírem do jeito que desejaríamos que fosse. Pratica espiritual é também leveza e humor! Eis o texto:



Senhor, dê-me serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar,
a coragem para mudar as coisas que não posso aceitar
e a sabedoria para esconder os corpos daquelas pessoas que eu tive que matar por estarem me enchendo o saco.



Também, me ajude a ser cuidadoso com os calos em que piso hoje, pois eles podem estar conectados aos sacos que terei que puxar amanhã.



Ajude-me, sempre, a dar 100% no meu trabalho...


- 12% na segunda-feira,


- 23% na terça-feira,


- 40% na quarta-feira,


- 20% na quinta-feira,


- 5% na sexta-feira.



E... Ajude-me sempre a lembrar,quando estiver tendo um dia realmente ruim e todos parecerem estar me enchendo o saco,que são necessários 42 músculos para socar

alguém e apenas 4 para estender meu dedo médio e mandá-lo para aquele lugar...



Que assim seja!!!



Viva todos os dias de sua vida como se fosse o último.
Um dia, você acerta.



Acompanhe todos os domingos das 8h às 9h da manhã (horário do MS) o programa “Viva Blink” apresentado por mim na Rádio Blink FM 102.7 ou pelo podcast dos programas gravados no site, para ouvir, clique aqui.

Fonte: Instituto Muryokan – Clique aqui para conferir

domingo, 15 de maio de 2011

Não sou herói nem santo, apenas humano


Coisas da alma (52)
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Hélio Arakaki - Educador, Prof de Karate, Facilitador didata de Biodanza, Consultor para o desenvolvimento dos potenciais humanos em empresas - www.muryokan.com.br contato@muryokan.com.br



O mundo sempre necessitará de heróis. Através deles, nos inspiramos e nos motivamos a prosseguir diante das dificuldades e adversidades.


Durante um pouco mais da metade de minha vida procurei levar a vida encarnando alguns notáveis heróis. Só que procurei através de uma ridícula mistura de Bruce Lee com Dalai Lama. Quis ser um mestre destemido e um sábio equilibrado.


Que ingênuo, pensei depois, como se não soubesse que a ingenuidade é uma condição natural no ciclo de aprendizado e evolução de qualquer ser humano.


De certa forma, neste período de tempo vivi acreditando ser uma coisa idealizada a partir de referências humanas acima da normalidade. Coisas que a gente se inspira lendo livros consagrados graças a um forte esquema de marketing, assistindo filmes com exagero hollywoodiano, e o pior, convivendo com algumas pessoas que se dizem espiritualizadas, mas que descobre-se com o tempo serem tão vazias e superficiais.


Mas o tempo foi me forçando a me curvar para a dura realidade de que é perfeitamente normal ter medos e inseguranças. E o fato de que quem busca por uma psicoterapia não é gente fraca, e sim sensível por não suportar mais as incoerências e as inverdades em sua vida.


Dei conta o quanto é desumano tentar manter-me sempre sob controle diante de situações que me afetam. Assim como é certo que batendo no capacho se faz espalhar a poeira, mas é assim que removeremos todo o pó, considero ser procedente trazer a tona a poeira do descontrole do que fingir que está tudo bem.


Naquela parte de minha vida, em tudo que fazia, havia o dedo da vaidade. Muita vaidade. Como você é uma pessoa maravilhosa, um sábio, iluminado, equilibrado, forte etc, eram as palavras que me faziam viver no pedestal, até que um dia alguém teve a coragem de me dizer: admiro você que escreve e fala coisas tão bonitas, agindo dessa maneira!

Como foi difícil ouvir e aceitar tal afirmação. Mas tenho que admitir que foi uma das melhores coisas que me aconteceu. Me fez perceber que manter as aparências é fácil para quem busca ser admirado ou agradar gregos e troianos, mas tal atitude tem um custo caro de não se ter amigos verdadeiros. Pessoas que compartilhamos grande afinidade não importam com o que temos ou quem somos, mas como simplesmente levamos a vida.


Algo que demorei muito a entender e aceitar é o fato de que quando aponto o dedo para alguém estou mostrando aquilo que nego em mim. Apontar e julgar o outro, é uma forma de fugir da responsabilidade de lidar com aquilo que percebo no outro e que está em mim também. É a famosa frase “olha o sujo falando do mal lavado”.

Percebi que junto com a dor do fim de um relacionamento, não é só a dor da ruptura que lamentamos, mas choramos também pela dor da rejeição e da humilhação. E aí o processo de se refazer se prolonga além do tempo que deveria ser.


Me ficou claro o perigo de agir nos momentos caóticos. Dois, cinco, dez segundos são o suficiente para desencadear atitudes com reações de conseqüências irreparáveis por toda uma vida. Uma estratégia que deu certo - pelo menos até agora - para não me precipitar e agir inconseqüentemente em meio à uma crise é imaginar como se eu estivesse vivendo um filme de trás para frente. Na cena, imagino-me amargurado, lamentando das conseqüências de uma atitude, e perguntando-me arrependido: por que me deixei levar pelo desespero?


Dentre muitas coisas que aprendi, considero de extrema importância saber cultivar o sentimento de gratidão. Principalmente nos relacionamentos que acabam, pois é através da gratidão que somos capazes de superar a dor e as mágoas, fazendo saltar aos nossos olhos as coisas maravilhosas que aconteceram na relação, que aliás, é o que vale a pena sempre recordar.


Finalmente, demorei a aceitar o fato de que se existe alguém que eu desejo o reconhecimento, esse alguém sou eu mesmo. E como isso me fez diferença na vida. Pois me tornei uma pessoa livre, capaz de realizações maravilhosas, momentos de sabedoria e bondade, mas também capaz de cometer erros infantis e até desejar maldades e coisas ditas proibidas.


E se você me afirmar que então o que escrevo é pura balela, não lhe afirmarei nem sim nem não, mas lhe direi essa frase :“ Humanamente nasci, humanamente vivo e humanamente morrerei. Não tenho a vocação para ser santo, sou simplesmente humano”.


Acompanhe todos os domingos das 8h às 9h da manhã (horário do MS) o programa “Viva Blink” apresentado por mim na Rádio Blink FM 102.7 ou ouvindo o podcast dos programas gravados no www.blink102.com.br

sábado, 14 de maio de 2011

E A VIDA CONTINUA


Por Edson Paulucci



Continua nua.

Despida de vestígios.

Vai seguindo seu curso.

Enganadora. Mentirosa.

Safada. Desaforada.

Engana, prometendo

dias melhores.

E eles vem piores.

Mentirosa.

Diz que é bela.

É nada!

Diz que vai melhorar...

Safada.

Diz que é natureza...

Desaforada!

A vida se acaba em terremotos.

Tsunamis. Ciclones. Furacões.

E o bobo do homem louva a Deus.

Que Deus é esse que só morde?

Parece caro o ingresso do Céu!

Ah! preciso acordar!

Chega de pesadelos.

Pior vai ser ouvir pastores...

O barato é viver na Terra

devidamente sem orelhas.

E não ouvir o que não seja falso.


Matéria enviada pelo autor, por e.mail

sexta-feira, 13 de maio de 2011

“Desabafo de um poeta em extinção”.






MORREU.....MORREU...

Edson Paulucci







Eu não acredito mais.

Nem em Adão, em Eva, na Arca de Noé,

nessas coisas todas tolas que a igreja nos colou.

Não acredito na missa, na fantasia da eucaristia.

Não acredito mais nessa coisa tola que é

aceitar mandamentos.

Eu não aceito que ninguém mande em mim. Ponto.

Assim como não aceito mortes em massa.

E odeio gente orando, de mando, por essas pessoas.

Não acredito mais em Papai Noel.

Nem no coelho da Páscoa.

Acredito em vírus, bactérias...doenças

absolutamente incuráveis.

A melhor coisa que ganhei foi a lucidez.

E não acredito em espíritos que voltam.

Ninguém volta. Morreu. Morreu.

Faz anos que quero ter meu pai de volta.

Mas ele não volta. Jamais vou tentar achar

explicações por que ele não volta.

Jamais, em tempo algum, alguém vai me

convencer do contrário.

As pessoas fazem sempre as coisas pelos

Seus próprios motivos.

Nunca pelos nossos.

Assim sendo, morreu....morreu!

Por favor, não queira me convencer do contrário!

Texto enviado pelo autor, por e.mail, contendo no campo "ASSUNTO", os dizeres: "Desabafo de um poeta em extinção".