sábado, 27 de setembro de 2014

MESTRES ASCENCIONADOS DA GRANDE FRATERNIDADE BRANCA, E EXISTÊNCIAS SECRETAS DE OUTRAS DIMENSÕES QUE INTERPENETRAM AO NOSSO ORBE TERRESTRE.











Luiz Carlos Nogueira










Mestres Ascencionados da Grande Fraternidade Branca

Segundo afirmam algumas Ordens Iniciáticas, mais especialmente a Sociedade Teosófica, através das obras da sua fundadora Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891), existem seres que chegaram a atingir elevada evolução espiritual ao longo de sucessivas encarnações e, por isso, tornaram-se o que denominam de Mestres Ascencionados, Mestres Ascensos ou Avataras (do sânscrito avatara, que significa “descida”; de avatarati, “ele desce”; de ava, “longe” + tarati “ele atravessa”).

Dentre esses Mestres Ascencionados, três deles, os mais conhecidos (por conta das mencionadas obras) são: Kut-Hu-Mi (O Ilustre), Morya El e Saint Germain, que teriam sido os guias de Mme. Blavatsky, esses que aliás compõem uma Assembléia Sagrada do Cósmico da Grande Loja Branca.

Conforme os ensinamentos contidos nas obras da Mme. Blavatsky, existe a Grande Fraternidade Branca GFB)[1], que é a Escola ou Fraternidade da Grande Loja Branca. Tal Escola ou Fraternidade invisível, tem por missão preparar os membros visíveis ou discípulos (estudantes) através dos seus vários ramos organizados em nosso planeta, para futuro ingresso na GFB, pois a Grande Fraternidade Branca não tem lugar físico para reuniões — seus membros jamais se reúnem fisicamente.

Encontramos uma explicação sobre a Loja Branca[2], no Dicionário de Maçonaria, de Joaquim Gervásio de Figueiredo, conforme está escrito: “Segundo abalizados autores, é uma poderosa Fraternidade ou Hierarquia de Adeptos, cujas colunas mestras são o Amor e a Sabedoria, e de que uma Loja maçônica é uma miniatura simbólica. Acrescentam eles que, por vontade do G\A\D\U\ essa Fraternidade vela pela humanidade e através dos séculos vem guiando sua evolução e governando internamente os negócios de nosso globo. O  C\D\T\O\V\M\ é um de seus augustos Membros, bem como os grandes Instrutores que de tempo em tempo têm aparecido neste mundo para ministrar ao povo ensinos espirituais, éticos ou filosóficos adequados à necessidade da época. (Cf. Leadbeater 33º, A Vida Oculta na Maçonaria, caps. III e VIII; Os Mestres e a Senda, caps. IX e X.)” (págs.225-226)

Todavia, ao que parece, teria sido Karl Von Ekartshausen (1752-1803) quem apresentou, pela primeira vez por volta dos anos de 1700 (século XVIII), a informação sobre essa organização secreta formada por místicos iluminados, cujo objetivo seria o de promover o desenvolvimento espiritual da humanidade.

De fato, encontramos essa referência do escritor, filósofo, místico alemão, no livro The Cloud Upon the Sanctuary [A Nuvem Sobre o Santuário] publicado depois da morte do autor, em 1802. Hoje temos a primeira edição em Língua Portuguesa, publicada em junho de 2007, pela Ordem Rosacruz, AMORC, na qual a ideia do autor está expressa nesse sentido, conforme excertos que seguem:

[...]
“Essa escola de sabedoria sempre foi a escola mais secreta e mais oculta do mundo, porque era invisível e submetida unicamente ao governante divino.
Ela nunca foi exposta aos acidentes do tempo e às fraquezas dos homens. Porque nela só os mais capazes eram escolhidos, e o espírito que os acolhia não podia enganar a respeito deles.
Através dessa escola desenvolveram-se os germes de todas as ciências sublimes, que primeiro foram recebidas pelas escolas exteriores e depois revestidas de outras formas, e algumas vezes tornadas disformes.
Essa sociedade interior de sábios comunicou às sociedades exteriores, de acordo com a época e as circunstâncias, sua hieroglifia simbólica, para tornar o homem exterior atento às grandes verdades do interior.
Mas todas as sociedades exteriores subsistem apenas enquanto essa sociedade interior lhes comunica seu espírito. Tão logo as sociedades exteriores tentam ser independentes da sociedade interior, e transformar o Templo da sabedoria em um edifício político, a sociedade interior se retira e tudo o que resta é a letra sem espírito.
Assim é que todas as escolas exteriores secretas de sabedoria eram apenas cortinas hieroglíficas, a verdade em si permaneceu sempre no Santuário, para que jamais pudesse ser profanada.
Nessa sociedade interior o homem encontra a sabedoria e, com ela, tudo; não a sabedoria do mundo, que é tão-somente um conhecimento científico, que gira ao redor do envoltório exterior e jamais toca o centro, onde estão contidas todas as forças, mas a verdadeira sabedoria e homens que obedecem a ela.
Todas as contendas, todas as controvérsias, todos os objetos da prudência falsa do mundo, todos os idiomas estrangeiros, as vãs dissertações, os germes inúteis das opiniões que espalham a semente da desunião, todos os erros, os cismas e os sistemas estão banidos dela. Aqui não se encontram nem calúnias, nem maledicências; todo homem é honrado. A sátira, o espírito que ama se gabar em detrimento do próximo, são desconhecidos aqui, e só se conhece o amor.”
[...] (pags.40-41).

Consoante Ekartshausen esses sábios místicos que compõem o alto conselho oculto e imaterial, são entes que ainda estão nos corpos carnais ou espíritos que por amor à humanidade, ainda permanecem realizando seu trabalho em prol da emancipação do ser humano aqui na Terra, mesmo depois de suas mortes físicas. Faço uma observação de que tais relatos não são afirmações deste autor, mas das fontes citadas.


Existências secretas de outras dimensões que interpenetram o nosso orbe terrestre

Sobre a outra dimensão que interpenetra o nosso orbe terrestre, Helena Blavatsky produziu no final do século 19, incontáveis informações além das suas obras: Isis Sem Véu e A Doutrina Secreta, que lhes foram inspiradas mais especialmente pelo Mestre Kut-Hu-Mi, as quais fornecem riquezas de detalhes e uma fonte filosófica das escolas orientais, falando, inclusive, sobre Shambhala, que é um local místico frequentemente citado nos textos sagrados e reconhecido por diversas tradições do Oriente. Por exemplo, no budismo tibetano, Shambhala  é um reino mítico oculto em algum lugar na cordilheira do Himalaia ou na Ásia central, próximo da Sibéria.

Shambhala não é como muitos pensam, um reino subterrâneo situado no interior da Terra, como decorrência da Teoria da Terra Oca, mas acha-se associada à cultura ou à mitologia de um povo, considerada como sendo uma das oito cidades sagradas localizadas na quarta dimensão, conforme a tradição ocultista com base nos textos sagrados do hinduísmo, budismo e taoismo.

Assim é que para a mencionada ocultista, Shambhala está associada à doutrina das coisas que devem acontecer no fim do mundo, sendo lá o berço do Messias que viria para libertar a Terra antes do fim do Kali Yuga, ou ciclo de destruição dos mundos.

Por conseguinte, nesse reino mítico há um monarca que governaria o mundo — Melki-Tsedeq, ou como queiram — Melquisedeque, o misterioso personagem citado na Bíblia Sagrada, conforme se encontra em:

Gênesis 14:18-19

“Gn 14.18 Ora, Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; pois era sacerdote do Deus Altíssimo;
Gn 14.19 e abençoou a Abrão, dizendo: bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Criador dos céus e da terra!”

Hebreus 6:17-20

“Hb 6.17 assim que, querendo Deus mostrar mais abundantemente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu conselho, se interpôs com juramento;
Hb 6.18 para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos poderosa consolação, nós, os que nos refugiamos em lançar mão da esperança proposta;
Hb 6.19 a qual temos como âncora da alma, segura e firme, e que penetra até o interior do véu;
Hb 6.20 aonde Jesus, como precursor, entrou por nós, feito sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.”

Hebreus 7:1-3

“Hb 7.1 Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão quando este regressava da matança dos reis, e o abençoou,
Hb 7.2 a quem também Abraão separou o dízimo de tudo (sendo primeiramente, por interpretação do seu nome, rei de justiça, e depois também rei de Salém, que é rei de paz;
Hb 7.3 sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas feito semelhante ao Filho de Deus), permanece sacerdote para sempre.”

O escritor britânico, James Hilton, considerava Shambhala um paraíso utópico cujos habitantes viriam no futuro salvar a Terra das ruínas das guerras provocadas pelo excessivo materialismo dos povos. Na sua obra produzida em 1933, denominada Lost Horizon [ Horizonte Perdido], ele descreve Shangrila como um paraíso espiritual situado num vale inacessível e secreto no Tibete. Shangrila segundo alguns, seria uma corruptela romântica de Shambhala. Com base nesse romance foi produzido nos E.U.A, em 1937, o filme com o mesmo título Lost Horizon [ Horizonte Perdido], dirigido por Francesco Rosario Capra.





[1] A designação de “branca” não está se referindo à raça, mas à luz espiritual cuja luminosidade é branca.

[2] Figueiredo, Joaquim Gervásio de, Dicionário de Maçonaria,  4ª edição revista e ampliada, Editora Pensamento, SP

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Religião e política se misturam?

Bate-papo do colunista Reinaldo Azevedo, da Revista Veja, com Contardo Calligaris sobre política e religião
 

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

NOTÍCIA : Missa tradicional atrai fiéis - Por Gregório Vivanco Lopes

 
 15-09-2014
 
 

 

Missa tradicional atrai fiéis

 
Gregorio Vivanco Lopes 
 
 

      Reportagem, assinada por Leonardo Vieira no jornal “O Globo” (27-7-14), fala da grande procura por missas tradicionais, de rito tridentino, entre os fiéis, especialmente jovens: “Missas em latim, o padre voltado para o altar, rito antigo, mulheres com véu na cabeça, canto gregoriano”.
“Missas tridentinas se difundem pelo Brasil, numa ressurreição de formas litúrgicas antigas que atrai incontáveis jovens fiéis. O termo Juventutem, aliás, designa um movimento de volta às tradições católicas liderado por pessoas de 16 a 34 anos”.
Conta o engenheiro Felipe Alves, 25: “Descobri a missa há uns anos, é um tesouro. Está claro que tem algo de sagrado aqui. É possível perceber tanto com os ouvidos quanto com os olhos”.
A reportagem explica que “foram séculos assim, até que o Concílio Vaticano II, na década de 1960, introduziu inúmeras mudanças, o uso da língua local e o padre de frente para os fiéis entre elas. Mas o século XXI vive uma intrigante retomada de tradições conservadoras na Igreja [...] Amparadas pelos jovens católicos conservadores, as missas tridentinas crescem país afora. Em 2007, uma organização independente contabilizou 20 dessas celebrações no território nacional. Agora, cerca de cem ocorrem com regularidade”.
Diz o adolescente Eduardo Salomão, 15: “Claramente prefiro a tridentina. Já cheguei a ser tachado de maluco. O rito contemporâneo não é para mim. No antigo, a meditação, o silêncio e a beleza encantam”.
Bárbara Soares, 20, descobriu o rito pela internet. Ela ficou tão encantada com as primeiras celebrações que “não parou mais de frequentar as missas”.
Como explicar esse interesse dos jovens – insisto, dos jovens! – pela Missa tridentina?  Uma ação do Divino Espírito Santo, a rogos de Maria, preparando as almas abertas à sua inspiração para um futuro totalmente diferente do atual? Futuro que São Luís Grignion de Montfort chamou “Reino de Maria” e que Nossa Senhora anunciou em Fátima como sendo o triunfo de seu Imaculado Coração, que se daria depois de terríveis convulsões?
*       *       *
Referi esses fatos e reflexões a um velho conhecido com quem me encontrei casualmente na rua, de barba branca e um tanto alquebrado pela idade. Quando jovem, ele se entusiasmara com as perspectivas abertas pelo Concílio Vaticano II e, esquerdista da gema que era, entrara no foguete do otimismo que o levou até os céus da utopia, certo de que a adorada modernidade conduziria a uma reconciliação de toda a humanidade, que não haveria mais lutas nem disputas, fossem elas ideológicas, religiosas ou quaisquer outras. Liberdade para tudo e para todos, um supra ecumenismo mundial regado à festança e sem a Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Para ele, a mencionada reportagem não constituía novidade, pois já a conhecia. Fitou-me com um olhar entre desolado e frustrado, nada comentando. Depois, virou as costas e afastou-se. Ele representava uma geração de clérigos e leigos que acreditara na abertura da Igreja para o mundo e que agora se via desmentida pelos jovens.
(*) Gregorio Vivanco Lopes é advogado e colaborador da ABIM
  
 

 
 
 
Fonte: Agência Boa Imprensa – (ABIM)