por (*) João Bosco Leal
Procurando conhecer seu passado, saber
de suas alegrias, tristezas e dores, os especialistas tentam entender o
comportamento de pessoas que possuem algum distúrbio psicológico, desde
as bipolares até as permanentemente ou por um período desequilibradas,
que passam por momentos de ansiedade, de euforia, ou agem de forma
distinta da socialmente esperada.
Sem nenhum conhecimento técnico sobre o
assunto, imagino como deve ser difícil desvendar mistérios e, através do
entendimento de traumas passados, buscar ajuda para pessoas que por
algum motivo se tornaram o que são ou como se comportam.
Penso, entretanto, que certos
comportamentos não podem ser explicados, ou desculpados por experiências
anteriormente vividas, pois tenho conhecido pessoas que brincando ou
sérias são infantis, desagradáveis ou até agressivas em sua vida social,
no relacionamento com terceiros.
Algumas, emocionalmente
desestabilizadas, tomam atitudes que não acrescentam nada à vida de
ninguém ou à própria, mas outras são realmente más e fingindo-se
emocionalmente fracas, conscientemente articulam criando falsas
histórias para prejudicar pessoas.
Outras, mesmo fisicamente grandes e
fortes, são pequenas ou até insignificantes em suas atitudes e caráter e
aproveitando-se de todos saberem de seus problemas, agem como se
estivessem desequilibradas mesmo em seus momentos de sanidade.
Independentemente de sua situação
cultural, educacional, econômica ou social, elas normalmente terminam
sua história com vergonha de seu passado ou percebendo que nada de útil
construíram e, quando fazem uma autoanálise sentem-se frustradas e, no
seu mais profundo íntimo, percebem sua inutilidade.
Sempre me disseram: “Não espere atitudes
dignas ou nobres de pessoas que são pobres de espírito” e realmente não
é difícil perceber que pessoas assim que tentam impor suas ideias,
desejos e fantasias mesmo sabendo-as indignas, com gritos, lutas e todas
as armas – geralmente sujas – que dispõem e em seus momentos de
lucidez.
Posteriormente, percebendo o que fizeram
muitas vezes se arrependem, mas geralmente agiram com tanta sujeira e
covardia que seus pedidos de desculpas, súplicas não a tranquilizarão,
pois o que te deixa em paz e feliz é o que silenciosamente diz para si
mesmo e o permite dormir tranquilo, e não o que diz de sua boca para
fora.
Pessoas assim, que nunca criaram ou
produziram nada, que viveram à custa, explorando ou tentando prejudicar
outras, cultivam ressentimentos e mágoas, não permitindo a cicatrização
de suas feridas e não percebem que com suas calúnias e difamações,
provocam o crescimento daquelas que pretendiam prejudicar, pois como as
ostras que da cicatriz de suas feridas produzem pérolas, os feridos por
palavras rudes, acusados injustamente, que receberam duros golpes ou
foram injustiçados, sempre se fortalecem com suas experiências.
Esse fortalecimento, o crescimento
humano, machuca ainda mais aqueles que vivem de articulações maldosas
com a finalidade de prejudicar aqueles que em seu íntimo, admiram
exatamente por sua força.
Os fortes não se igualam a pessoas
que parecem árvores secas ou ostras vazias que, por nada produzirem,
odeiam os frutos alheios.

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