domingo, 16 de dezembro de 2012

O FIM DO MUNDO – respondendo a um e.mail que recebi













Por Luiz Carlos Nogueira








Puxa! Até que eu queria que acabasse mesmo, só assim talvez reapareceria uma nova forma de vida mais inteligente, que poderíamos, quiçá, chamá-la de NOVO SER HUMANO, que não fosse egoísta, consumista, guerreiro e dominador. Um novo ser humano que não fosse nem capitalista e nem comunista; que não fosse cristão católico romano ou ortodoxo, evangélico de todas as denominações, nem maometano, budista, xintoísta, etc..etc. Que não fosse fundamentalista religioso. Aliás, o ser humano é uma espécie arrogante e burra, pois, alguns dessa espécie estão construindo abrigos e estocando alimentos, guardando dinheiro (para que eu não sei, porque se o mundo acabasse mesmo, não sei se na cantina do diabo seriam aceitos dólares, euros, real, etc. - porque o diabo nunca compra nada - ele faz trocas - sua alma em troca de.....-kkkkkkk). Em qual boutique a madame iria comprar seus vestidos e outros adereços de marca? Marca "capeta" kkkkk. Áh! Terrinha!! Seus habitantes sempre gostaram de cheiro de sangue nas arenas (antes eram os gladiadores romanos), hoje são as lutas brutais nos ringues, futebol americano, futebol à brasileira, inglês, italiano,etc.etc., todos aparatados para sentir o cheiro de suor compensado pela "grana preta" sem muito exercício mental, ainda produzindo as torcidas organizadas, quem sabe, reencarnações dos antigos gladiadores romanos, sedentos de sangue e movidos pela fúria descontrolada. Áh velha Terrinha que produz diferenças extremas como Dubai e a miséria africana. Tudo por interesse dos dominadores com os olhos voltados para as formas de exploração do homem, quase sempre travestidas de ajuda humanitária. Se buscarmos na história bem registrada, observaremos que a política sempre foi prostituída e sempre viveu de abraços com as religiões que dominam cada parte do mundo. Os interesses se mesclam. ENTÃO, BEM-VINDO O FIM DO MUNDO PARA ESSE TIPO DE GENTE. Fim do mundo é a morte de cada um. Uma coisa que eu acho interessante é que até hoje eu não vi ninguém brigando por causa do diabo. Pode-se ver religiosos e ateus brigando por causa de Deus. Todo mundo diz o que acha que Deus quis, quer e pensa, assim como o que fez e faz (essas pessoas decerto sabem mais do que Deus ou então advinham o Seu pensamento). Aí o diabo não será responsável pelo fim do mundo, quem será responsável será Deus mesmo, afinal não foi ele que criou este brinquedo chamado Terra? Coitado de Deus! Por que é que a parte ruim da coisa não fica a cargo do “cramulhão”?.
Voltando à questão do diabo, parece que Deus das antigas escrituras (de todas as religiões), sempre tomou o lugar o diabo, protegendo os exércitos que trucidavam os povos que lhes eram antipáticos. Era Deus de matava, massacrava, etc. etc. e o diabo sempre ficou de lado, tipo urubu só esperando a carniça para encher a pança. kkkkkkk. De fato o Planeta Terra está precisando ser reciclado, pois se o pecado tivesse cor (preta, por exemplo), não haveria rios, ventos, etc., suficientes para serem utilizados para produzir energia elétrica que pudesse iluminar a escuridão do pecado.
Então quando estiver se aproximando o dia do fim do mundo, corram e não olhem para traz, para não virarem uma estátua de sal como aconteceu com a mulher de Ló. Aqueles que construíram abrigo subterrâneo que se cuidem, pois vocês poderão (se ocorrem superaquecimento na Terra) ser assados à moda peru de Natal, envoltos em papel laminado. Kkkk. Se houver o degelo, as águas apagarão o fogo, mas vocês morrerão afogados, pois ninguém lembrou de construir um sistema tipo caverna do Batman, para sair dela num tipo Bat Arca de Noé, Bat Avião. Ah! Sei lá...Bat qualquer coisa! Se não criou essas coisas, você vai morrer insignificante criatura, inquilina dessa Terra, também insignificante poeira cósmica perdida na imensidão do universo!
A turma do “mensalão” decerto está torcendo para o mundo acabar agora em dezembro de 2012.  Os “caras” são tão maléficos que preferem ver o mundo acabar, só para o Ministro Joaquim Barbosa sumir do mapa do Brasil (não posso deixar de registrar aqui, minhas homenagens para esse grande brasileiro – Joaquim Barbosa – muito obrigado da minha parte), tenho que fazer isso agora, senão perco a oportunidade, afinal o mundo vai acabar. Kakakakakaka (agora a minha risada está gorda, eu só estava rindo com um k de cada vez. Adicionei o A).
Puxa! Que bom que o mundo vai acabar! Vamos ficar livres do PT, PMDB, PSDB, e de todos os demais partidos nanicos. Vamos ficar livres de gente que defende a liberação das drogas, de gente que não trabalha e vive às custas de quem trabalha e paga impostos. Vamos ficar livres das religiões e seus representantes que exploram os ignorantes, que pagam para barganhar com Deus e não terem suas almas confiscadas pelo diabo.
Ah! Antes que eu me esqueça, disse o profeta que Rosemeire terá que fazer um parto cesariano, para evitar o fórceps. Se não for assim, não haverá tempo do seu bebê ser trazido à luz.
Bom, chega de falar no fim do mundo, porque senão vai ter gente que ficará sem dormir até lá.
Desculpem-me porque não tive tempo de revisar o texto. Se ocorreu algum erro de grafia, concordância, etc., passem por cima. Senão o meu recado não chegará a tempo. Kakakakakaaka.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Minha caminhada



 
 
 
Já andei mundo afora, refiz caminhos, diminuí as passadas quando foi preciso parar. Amei a vida em doses homeopáticas, realizei planos, sonhei com o melhor para a espécie humana, mas confesso que nem sempre fui feliz. Já fui idealista, sofri desenganos, sobrevivi às intempéries quando muitos nem acreditavam mais em mim. Hoje, aqui no meu canto calado, sinto-me como se eu fosse a madrugada que se despede de nós sem ser notada. E assim, caminhamos a contemplar mais pores do sol. Neste momento, envolvido nesta minha introspecção, mais que ninguém eu gostaria de receber mais abraços, de contemplar mais olhares, de recontar estrelas e investir em novos sonhos, ignorando finalmente a despedida que para mim se oferece sorrindo.
Foto de Ézio José da Rocha - 03-12-2012



  
Obs: Este texto foi postado pelo meu amigo Ézio, no Facebook, de onde foi retirado, e o título foi por conta deste blogueiro. Não sei quem é o autor.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

A voragem do tempo










Luiz Carlos Nogueira











Aurélio Augustinus (Agostinho  de Hipona, Bispo de Hipona) o Santo Agostinho, assim considerado pelas Igrejas Católica Romana e Anglicana, e também um importante teólogo e doutor dessas Igrejas, em um dos seus livros mais conhecidos — Confessiones[1], quando indagado — “Que é, pois, o tempo?” Disse: “Se ninguém me pergunta, eu sei; mas se quiser explicar a quem indaga, já não sei.” (p.268)


“Contudo”, dizia ele: “afirmo com certeza e sei que, se nada passasse, não haveria tempo passado; que se não houvesse os acontecimentos, não haveria tempo futuro; e que se nada existisse agora, não haveria tempo presente. Como então podem existir esses dois tempos, o passado e o futuro, se o passado já não existe e se o futuro ainda não chegou? Quanto ao presente, se continuasse sempre presente e não passasse ao pretérito, não seria tempo, mas eternidade. Portanto, se o presente, para ser tempo, deve tornar-se passado, como podemos afirmar que existe, se sua razão de ser é aquela pela qual deixará de existir? Por isso, o que nos permite afirmar que o tempo existe é a sua tendência para não existir.”

Aristóteles[2] definiu o tempo, dizendo:“O tempo é o número do movimento conforme o antes e o depois”(p.219b). Para ele, o tempo é causador da destruição, mas que, todavia e também, não é por acaso que ele (o tempo) poderia ser causa de criação e de ser (págs. 221 a, e 221b)

Os filósofos realistas defendem a existência do tempo separadamente da mente humana. Já os filósofos anti-realistas, mais específicamente os idealistas negam, duvidam ou se opõem a tal existência separada. A exemplo destes últimos, está incluído Immanuel Kant, (filósofo idealista), que nega a realidade do tempo[3]. Para ele, o tempo é uma noção a priori que não designa nada além de determinada característica do nosso modo humano de receber informações através dos sentidos.

Embora Kant tenha afirmado: "claro que o tempo é algo real [...]", no entanto, nega a realidade do tempo quando se discute entre realismo e anti-realismo a respeito do tempo. Assim na frase completa, Kant deixa o caráter mental do tempo mais evidente, ou seja, que o tempo inexiste fora da consciência: "Claro que o tempo é algo real, a saber, a forma real da intuição interna" (B53). Assim, não é dessa maneira que os realistas dissertam sobre a realidade do tempo. Os filósofos realistas discordam de Kant quando se completa logo a seguir da passagem acima citada, de que "o tempo nada mais é que a forma da nossa intuição interna" (B54). Para os realistas o tempo é mais do que isso, é algo que existe independente de nós humanos (da nossa elaboração mental) e da nossa "intuição interna".


Dizia Kant, que: O tempo, que não é senão uma condição subjetiva de nossa intuição geral (sempre sensível, quer dizer, só se produz quando somos afetados pelos objetos), considerado em si mesmo e fora do sujeito, não é nada. É, não obstante, necessariamente objetivo em relação a todos os fenômenos, e por conseguinte, também a todas as coisas que a experiência pode oferecer-nos. Não podemos dizer: todas as coisas existem no tempo, porque, no conceito de coisas em geral, faz-se abstração de toda maneira de intuição dessas coisas e sendo esta propriamente a condição pela qual o tempo pertence à representação dos objetos.” (excerto da versão eletrônica traduzida por J. Rodrigues de Merege, Créditos da  digitalização: Membros do grupo de discussão Acrópolis (Filosofia) Homepage do grupo: http://br.egroups.com/group/acropolis/).


Segundo Pierre Eugène Roy, em seu artigo “Centros Temporais no Homem”[4], não se atribui ao tempo nenhuma realidade externa. E ainda acrescenta que, o tempo é a medida ou duração da consciência (págs. 346, 347).


Todavia, como explicar a voragem do tempo ou sua ação sobre todas as coisas materiais existentes no mundo, inclusive o ser humano? Por acaso fora da consciência humana o tempo não existe e não age? Como explicar a evolução das espécies sem o transcurso do tempo, que possa ser percebido pela consciência? Assim como o tempo (considerado dependente da nossa consciência), pode o som não existir se por acaso todos fossem surdos? Ora, o som uma vez produzido existirá num determinado lapso de tempo, independentemente de alguém ter consciência dele, ou ter ouvidos capacitados para ouvi-lo.


Eis como vemos nas fotos, a ação do tempo sobre o velho reboque abandonado, apodrecendo e se desmanchando, por ter sido deixado exposto à luz do sol e às chuvas, ao relento, por muito tempo ou muitos anos.


Portanto, no mundo físico (material) o tempo é uma realidade necessariamente percebível e mensurável.


Esta era uma casinha de adobe* coberta de telhas,



que foi consumida pelo tempo e ficou assim:



 (a.do.be, a.do.bo)  [ô] * (conforme o Dicionário Caldas Aulete)

sm.
  1  Tijolo de argila seco ao sol, às vezes misturado com palha para ganhar mais resistência



[1] Confissões - Editora Martin Claret, São Paulo-SP, 2002.
[2] Física – vol. IV, Tratado do Tempo, Paris, Kimé, 1995.
[3] Crítica da Razão Pura, em Victor Civita (ed.), Os Pensadores: Kant, São Paulo: Abril Cultural, 1983, trad. Valério Rohden e Udo Baldur Moosburger.
[4] Obra Coletiva “O Tempo”, 1ª Edição em Língua Portuguersa, publicada pela Ordem Rosacruz Amorc, 2010.