quinta-feira, 28 de agosto de 2014

ALGUNS DOS FUNDAMENTOS DA ESCOLA GNÓSTICA DE SAMAEL AUN WEOR










Luiz Carlos Nogueira








Estas são algumas informações pinçadas dos ensinamentos da Escola Gnóstica de Samael Aun Weor, apenas para conhecimento dos leitores, portanto não faço quaisquer julgamentos ou apologia dessa Escola, e tampouco pretendo polemizar o assunto.


Como se infere do título desta matéria, um dos fundamentos que considero mais marcante trata-se da Sahaja Maithuna - Alquimia sexual - Tantra Yoga.

 

O Maithuna é um ritual do sexo, realizado através do Yoga Tântrico. É considerado como um das mais importantes e poderosa técnica mística de todas as cerimônias tântricas, quando segundo seus praticantes, encarnam a consciência de Shakti, ou a grande mãe, quando se busca a união dos princípios masculinos e femininos (princípios opostos), para que o homem-Shiva e mulher-Shakti se tornem UM.

O Maithuna é uma técnica, que segundo esse Mestre, permite elevar nossa sensibilidade a uma potência máxima que não é possível descrever. Portanto, o tântrico, com essa prática procura transcender o seu eu através da força máxima do universo, que estaria contida nos mistérios sexuais, que se encontram dentro e fora do homem.


Quando dessa prática (shadaná) o homem assume o papel de Shiva e a mulher de Shakti, para que ambos possam realizar o maha yantra (grande símbolo), que propicia suas uniões em Purusha (consciência cósmica). Essa prática, segundo seus adeptos, eleva-os à grande mãe kundalini, pelo canal Sushumna e ilumina-lhes as consciências.

Nota: A Sushumna, é talvez o mais importante dos canais de energia. Ela segue o alinhamento do Merudanda (Meru: a montanha que é o eixo do mundo pela mitologia Hindu), o eixo da coluna vertebral (cerebro-espinhal) e flui da extremidade inferior da mesma até chegar a extremidade da cabeça, na assim-chamada coroa-craniana. Sushumna é descrito como de cor vermelha (a cor do fogo (Agni)). http://pt.wikipedia.org/wiki/Nadi

 

 

Segundo Samael, esta é uma das práticas das Escolas que ensinam a fabricar a alma. Aliás, falar em fabricar a alma, diz Samael que: “cheira a coisas raras às pessoas religiosas. Muitos até nos caluniam qualificando-nos de materialistas. Realmente não somos Materialistas, nós somo Esoteristas e isso é tudo.”. Continuando, diz ele: “O ‘animal intelectual’ só tem encarnado o Budata, o princípio Budista Interior, a Essência, o Material Psíquico, a Matéria Prima para fabricar Alma.”


“Toda escola que ensina fabricar Alma sabe muito bem que o homem tem um Eu Pluralizado, que malgasta miseravelmente, o material psíquico em explosões atômicas de Ira, Cobiça, Luxúria, Orgulho, Inveja, Preguiça, Gula, etc.,etc., etc. Enquanto esse Eu Pluralizado exista dentro do homem, estaremos perdendo, miseravelmente, as forças do Budata. Faz-se necessário dissolver esse Eu, se é que queremos, realmente, fabricar Alma.”

“Toda Escola Autêntica de Regeneração ensina os Três Fatores Básicos da Revolução da Consciência. Esses três fatores são: Morrer, Nascer e sacrificar-se pela Humanidade. O Eu Pluralizado deve morrer para fabricar Alma.”

“Devemos trabalhar com o Hidrogênio SI-12 da energia sexual, transmutando-o através da Alquimia Sexual, para termos direito ao segundo nascimento.”

“Só nascendo o Anjo dentro de nós mesmos seremos Imortais. É absurdo pensar no advento do Fogo, se não sabemos transmutar a energia sexual. O Fogo Sagrado resulta da transmutação de nossas secreções sexuais. Quem não conhece o Maithuna (Magia Sexual), não pode receber o Fogo Sagrado. Se a Alma não recebe o Fogo, se desvanece e morre depois de muitos séculos... pouco a pouco... .”.

Samael protesta dizendo que: “Os piores inimigos das Escolas de Regeneração são os infra-sexuais. O infra-sexual se considera superior às pessoas de sexualidade normal e odeiam, mortalmente, ao Supra-sexo.”

“O Movimento Gnóstico é uma Escola de Regeneração mortalmente odiada pelos infra-sexuais. Os degenerados do infra-sexo se crêem mais perfeitos que o Terceiro Logos e o blasfemam dizendo: “o sexo é algo muito grosseiro”, “a materialista Magia Sexual é algo animal”, “nós trabalhamos pela espiritualização”.

“Os degenerados do infra-sexo se crêem mais puros que o Espírito Santo e falam horrores contra o sexo e contra a Magia Sexual.”

E adverte Samael:  “Cuidado, querido leitor! Não confunda gato por lebre! Escola que não ensine os Três Fatores de Revolução da Consciência, não é realmente Escola de Regeneração. Escola que ensine o caminho da fornicação não é Escola de Regeneração. Escola que ensine a fortificar o Eu, não é Escola de Regeneração. Por seus frutos as conhecereis. Conhece-se a árvore pelos seus frutos. Tal fruto, tal árvore.”

“Existem três classes de Tantrismo: Branco, Negro e Cinza. As Escolas de Magia Branca se baseiam no Tantrismo Branco. As Escolas de Magia Negra se baseiam no Tantrismo Negro. As Escolas de Tantrismo Cinza são incoerentes, vagas, imprecisas, mas conduzem o Iniciado ao Tantrismo Negro.”

“Entende-se por Tantrismo Branco a conexão sexual sem ejaculação seminal. Entende-se por Tantrismo Negro a conexão sexual com ejaculação do Sêmen.”

“Entenda-se por Tantrismo Cinza a conexão sexual em que, às vezes, existe ejaculação do Sêmen e, às vezes, não existe ejaculação do Sêmen.”

“As Escolas de Regeneração proíbem a ejaculação do Sêmen. As Escolas de Magia Negra não proíbem a ejaculação do Sêmen e até justificam, à sua maneira, dita ejaculação com frases e sentenças religiosas”.

“Os Iniciados das Escolas Tântricas trabalham com o Hidrogênio SI-12. Este é o Hidrogênio do sexo.[...]”.

Mas uma das questões intrigantes dos ensinamentos de Samael, está no que se refere ao Limbo dos cristãos ou seja, um outro mundo onde vivemos depois de mortos, como Dante o descrevia como o primeiro círculo dos mundos infernais  ou mundos inferiores, que o Mestre Gnóstico afirmava ser essa região dos mortos, um mundo molecular, onde jamais se escuta as queixas e as blasfêmias dos condenados, pois que lá, só se ouve suspiros que procedem das penas sem tormento de uma grande multidão de homens, mulheres e crianças que não puderam ingressar no céu, não obstante não tivessem pecado, mas que se pecaram e se arrependeram, ou até tivessem adquirido na vida muitos méritos, virtudes, beleza e inocência, faltou-lhes o trabalho principal com as águas espermáticas da existência, ou seja, porque não conheceram o Arcano AZF, a Sahaja Maithuna, a magia sexual, ainda que alguém lhes tivesse falado a respeito, a recusaram por desacreditarem nesse batismo.

Por isso, afirmava Samael ser urgente baixar à Nona Esfera (o sexo), para trabalhar com a água e o fogo, donde originaram os mundos, os animais, os homens e os deuses. Assim, a descida à Nona Esfera sempre constituiu a prova máxima para a suprema dignidade de hierofante, de tal sorte que Jesus, Hermes, Buda, Maomé, Moisés, o Santo Lama, etc. — tiveram que passar por essa terrível prova. Dizia também, ele, “É urgente fabricar os corpos solares na Forja Acesa de Vulcano porque ao banquete do Senhor é proibido se assistir em trajes lunares, com trajes de mendigo.”.

O Mestre Weor afirmava que: Dante Alighieri “encontrou no limbo, muitas crianças inocentes, patriarcas e homens que jamais baixaram à Nona Esfera.”. “No limbo vivem pessoas de muito valor, cujo único crime foi não terem fabricado seus corpos solares”. Lá, Dante econtrou poetas famosos como Homero, o satírico Horácio, Ovídio e o terceiro e ultimo Lucano.”. Assim, Dante teria encontrado flutuando no Limbo, personagens austeras de grande autoridade — mas vestindo seus corpos lunares. Estaria no Limbo, Elétra com alguns de seus companheiros como Heitor e Enéias. Estariam lá, também, Camilia e Pentesiléia, assim como o rei latino, sentado ao lado da sua filha Lavínia. Lucrecia e Brutus, este que expulsou Tarquínio de Roma. Estavam também: Júlia, Márcia, Cornélia e Saladino, Sócrates, Demétrio, Diógenes (o filósofo da lanterna, com a qual procurava um Homem em pleno dia), Discórides (o observador da qualidade), Sêneca (o moralista), Euclídes (o geômetra), Ptolomeu, Anaxágoras, Tales, Empédocles, Heráclito e Zenon, que não obstante fossem muito sábios, vestiam trajes de mendigo — corpos lunares.

É curioso notar que Weor comentava que Mohandas Karamchand Gandhi (o Mahatma Gandhi, como é mais conhecido) tinha toda a possibilidade de fabricar seu corpo solar na Forja Acesa de Vulcano, porque teve uma bonita esposa — mas cometeu o erro da abstinência, ou seja, renunciando a fazer sexo com ela, pois acreditava que assim poderia se auto-realizar. É claro que segundo Weor, Gandi foi para o Limbo. Até Yogananda (o grande yoguin) foi encontrado no Limbo por Samael Aun Weor, vestindo seu corpo lunar, ,imboimbroseu corpo lunar, no Limbo por Samael Aun Weor.nita esposa — mas cometeu o erro de abster-se  porque também não teria fabricado sua Alma ou Corpo Solar, daí seguiu-se como tal Weor teria advertido Gandhi de que vira que o fogo sagrado não subira pela sua espinha dorsal, também o fez com o yoguin, dizendo-lhe o mesmo não tinha se auto-realizado, e por isso teria que se reencarnar para se casar e trabalhar na Nona Esfera, se quisesse fabricar seus corpos solares para entrar no reino.

Bibliografia:

1-      Weor, Samael Aun, As Escolas Esotéricas, 2ª Ed., Centro de Estudos de Antropoligia Gnóstica, C.E.G, Brasil;

2-      Weor, Samael Aun, A Noite dos Séculos, 2ª Ed., Editora Gnose, Porto Alegre, RS, 1988.


terça-feira, 26 de agosto de 2014

O QUE SIGNIFICA A EXPRESSÃO “COZER A PEDRA”?






  


Luiz Carlos Nogueira










Essa expressão “cozer a pedra” (cozinhar a pedra), encontrada nas obras nas quais se expõe o trabalho dos antigos alquimistas, também chamado de a “Arte Régia” ou também “A Grande Obra”, é o que na verdade se entende hoje, ou seja, como sendo o trabalho no laboratório dos alquimistas — uma metáfora para um trabalho espiritual, isto é, que consiste em trabalhar a pedra filosofal, como se fosse a transformação de um metal inferior — em ouro, significando com isso, a transformação de si mesmo, de um estado inferior para um estado espiritual superior.

Assim é que, dizem os iniciados nas ciências ocultas, que foi através das Ciências Herméticas ensinada nos centros iniciáticos do Antigo Egito, que esses conhecimentos chegaram até nós de forma oculta, se é assim que se pode dizer sobre uma forma velada desses ensinos. Esses estudiosos das Ciências Ocultas e Alquímicas, se conduziam com um fervor e uma animação pura, com vistas a dominarem as leis da natureza e se unirem aos planos superiores da existência.

Dessa forma lograram por descobrir a Pedra Filosofal, ou seja, simbolicamente o ponto mais alto do “Templo do Homem”. Em outras palavras, essa pedra é para eles, o ponto de ligação entre o espiritual e o material — entre o que é celeste e o que é terreno. O Homem, portanto, é o Templo Vivo onde habita o espírito. É no seu interior que a Pedra Bruta se transforma na Pedra Filosofal, que é a principal meta da realização interior para dessa forma se re-unir (recuperar) à Unidade Divina de onde saiu, ou da qual se afastou.


Dizem, portanto, esses iniciados alquimistas, que para esse atingimento, são necessárias três etapas a serem cumpridas pelo ser humano, quais sejam: submissão às Leis Divinas; cumprimento dessas mesmas Leis; e finalmente, o domínio das Leis Divinas. Portanto, são essas as “três cocções” necessárias para se “cozer a Pedra” — ou seja, os três passos que podem levar o ser humano da imperfeição para a Perfeição. A essa realização é que se dá o nome de Casamento Alquímico, significando quando o Germe Divino que está semeado em nós, harmoniza o ritmo da nossa alma individual, com o ritmo da Alma do Mundo, cumprindo afinal a Grande Obra.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

SÃO PIO X - Por Paulo Corrêa de Brito Filho


 19-08-2014
 
 
SÃO PIO X
1914 – 2014
 
 
·        Paulo Corrêa de Brito Filho
 
 

  
        
Comemora-se neste mês o centenário da morte do Papa São Pio X, canonizado por Pio XII em 1954. A revista Catolicismo (*), que ao longo de sua história sempre exaltou a figura e a obra daquele imortal Pontífice, não poderia deixar de fazê-lo nesta magna data, relembrando sua extraordinária estatura moral, que marcou profundamente o mundo e continua a marcá-lo até os presentes dias.

Para esse efeito a matéria de capa da edição deste mês reproduz textos selecionados do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira — inspirador e principal articulista de Catolicismo até seu falecimento em 1995 — sobre aquele santo varão, cujo pontificado (1904-1914) representa grande glória para a História da Igreja.

         Na primeira parte, o leitor encontrará uma admirável síntese biográfica e o sentido profundo da obra do homenageado, ressaltando seu empenho em promover a devoção eucarística e o culto litúrgico, a instrução religiosa e catequética, bem como em defender os direitos da Igreja na esfera pública. É ressaltada também a benéfica ação sobrenatural exercida por São Pio X sobre aqueles que dele se aproximavam.

         A segunda parte da matéria é dedicada a descrever a doutrina e os métodos empregados pela heresia modernista, condenada energicamente pelo santo Pontífice depois de baldados seus ingentes esforços para converter os líderes dessa corrente à ortodoxia católica.

         Mediante a fulgurante Encíclica Pascendi dominici gregis,promulgada em 1907, São Pio X denunciou os fautores da conspiraçãomodernista, que tentavam adulterar o Magistério tradicional da Santa Igreja e cujos erros disseminavam nos próprios ambientes da cidadela católica.

         Ele desmascarou assim os fautores dos erros, denunciou suas táticas, revelou a extensão da conspiração, e estigmatizou a doutrina modernistacomo sendo a “síntese de todas as heresias”.

         Infelizmente, com grande pertinácia, os modernistas rejeitaram submeter-se à autoridade da Igreja. O Papa então, para defender a Igreja e os fiéis, sentiu-se obrigado a condenar nominalmente os principais chefes do movimento.

         A matéria reproduz também alguns trechos da Pascendi, os quais, além de apresentar aspectos da doutrina modernista, põem em evidência o péssimo estado de espírito dos hereges; e se detêm na explanação de sua tática de proselitismo, especialmente a dissimulação.

         Nos dias de hoje, os católicos desejosos de se manterem fiéis à doutrina sempiterna da Igreja enfrentam um inimigo tão virulento e ardiloso como o modernismo: o progressismo católico, que apresenta claramente desvios modernistas adaptados às circunstâncias atuais. Assim sendo, devemos pedir instantemente ao glorioso Papa São Pio X que nos conceda sua firmeza doutrinária, sua energia e providencial perspicácia para discernir e rejeitar a investida do progressismo dito católico.

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(*) http://www.catolicismo.com.br/
*Paulo Côrrea de Brito Filho é Diretor de Catolicismo e da Agência Boa Imprensa
 
 

 
 
 
Fonte: Agência Boa Imprensa – (ABIM)