Luiz Carlos Nogueira
Este ser da mitologia dos contos
hindus, o Garuda, também conhecido como pássaro solar ou águia de fogo, cuja
forma muito se parece com a Fénix das lendas gregas e egípcias, que segundo
Joaquim Gervásio de Figueiredo (Dicionario de Maçonaria, Pensamento, 4ª Ed.,
São Paulo), era um belo pássaro solitário, fabuloso, do tamanho de uma águia,
que viveu no deserto árabe um período de mil anos, findo o qual se consumiu no
fogo, ressurgindo posteriormente de suas próprias cinzas, renovado, para
reiniciar outra vida igualmente dilatada. Para os Rosacruzes, a Fênix simboliza
a ressurreição na Eternidade; a roda da vida a girar incessantemente numa
perpétua alternância entre a atividade e repouso, tal qual a do dia e da noite,
e alude aos ciclos periódicos de manifestação cósmica e da reencarnação ou
renascimentos da alma humana. Tem parentesco com a águia bicéfala da Maçonaria
do Rito Escocês Antigo e Aceito.
Mas, quanto a Garuda, muitas vezes também
é descrito como tendo uma cabeça humana no lugar da do pássaro; assim como
também é descrito como possuindo três olhos, ou com tendo braços e pernas. Tal
criatura é bastante enorme, segundo se acreditava, que poderia até produzir uma grande área de sombra, fazendo parecer noite.
Segundo a lenda, o Garuda servia de
montaria para Vishnu, deusa dos hindus, que a levava como nas aventuras de
Harry Potter, dado o seu imenso poder que o colocava a seu serviço como um escudeiro
real.
Dizia a lenda, que a mãe de Garuda
havia feito uma aposta com a mãe dos Nagas, que pertenciam, conforme o épico do
Mahabharata, a uma tribo de pessoas muito más e que, por isso, mereciam ser
castigadas, sendo sacrificadas por cobras e também pelos ataques da ave Garuda.
A aposta, no caso, era
sobre qual seria a cor de um cavalo lendário, que surgiria do mar. Assim, quem
não acertasse a cor do animal, perderia a aposta e se tornaria prisioneira da
vencedora. E aconteceu que a mãe de Garuda perdeu a aposta, tornando-se, por
isso, prisioneira da mãe dos Nagas.
Quando Garuda ficou sabendo, imediatamente foi até aos Nagas e perguntou-lhes o que ele poderia fazer, para que libertassem sua mãe.
Quando Garuda ficou sabendo, imediatamente foi até aos Nagas e perguntou-lhes o que ele poderia fazer, para que libertassem sua mãe.
Os Nagas
disseram-lhe que iriam precisar de um tempo para resolverem como isso poderia
ser feito. Quando Garuda voltou para saber a decisão dos Nagas, estes
disseram-lhe que o preço da liberdade da sua mãe, seria que ele, Garuda, deveria
roubar a água da imortalidade dos deuses e lhes entregar.
O desespero de Garuda para liberta
sua mãe, fê-lo voar até uma montanha extremamente alta, difícil de escalá-la,
onde a água da imortalidade dos deuses era guardada por um exército de deuses e
dois ferozes dragões o que tornava a tarefa muito difícil; todavia, Garuda
estava determinado a cumpri-la a qualquer custo, e tendo lutado ferozmente
contra todos, os venceu.
Daí apossou-se da água, o bastante
que podia carregar de forma improvisada, retornando rapidamente para entregá-la
aos Nagas, que conforme haviam acertado, libertaram a mãe de Garuda.
No entanto, os Nagas não tiveram a
chance de beberem da água da imortalidade dos deuses, porque antes que isso
acontecesse, os deuses chegaram abruptamente e a recuperaram, levando-a com
eles de volta para a montanha.
Por conta desse episódio, os Nagas
imaginaram que isso havia sido combinado, surgindo daí a eterna rixa entre
Garuda e os Nagas.
O que se extrai desses contos, é que
o Bem e o Mal estão sempre em eterna contraposição, e que a vida ressurge
ciclicamente.
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