domingo, 27 de novembro de 2011

A FESTA DE NATAL - Por Humberto Pinho da Silva

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26 de novembro de 2011 14:03

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Bom dia:

OFERTA - Pode utilizar este texto, se assim o desejar, nesta quadra natalícia, no seu blogue, citando apenas o nome do autoor.


Com um abraço do,

Humberto Pinho da Silva




--

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A FESTA DE NATAL

Por Humberto Pinho da Silva

Em véspera de Natal, descia em companhia de jornalista do “L’Osservatore Romano”, que na época residia no convento anexo à Basílica de Santo António, a via Merulana, em direção à Praça Maria Maggiore.

Tinha ido a Roma visitar amigo, irmão do venerando Francisco.

Vínhamos animados, a conversar sobre o efeito nefasto de algumas seitas, que proliferam pelo Brasil, e provocam, nas mentes menos esclarecidas, verdadeiras lavagens cerebrais.

Dizia-me o meu interlocutor, que a expansão dessas “Igrejas”, ditas evangélicas, mas que muito pouco têm do Evangelho, deve-se aos líderes usarem linguagem chã, despretensiosa e quantas vezes astuciosa. Bem diferente das verdadeiras Igrejas Evangélicas.

Ao entrarmos na via Liberiana encaramos com grupo de estrangeiros: eram brasileiros e vinham acompanhados por padre franciscano, de ascendência alemã, conhecido de meu amigo.

Após as saudações e o contentamento de toparmos, no centro da Cidade Eterna, com a nossa gente, gente que fala a nossa língua, alguém, aproveitou para contar história, que ouvira numa assembleia cristã, já que estávamos em plena quadra natalícia.

Considerei-a bastante oportuna e merecedora de profunda reflexão. Por isso apresento-a, mais ou menos como a ouvi:

Numa paróquia de povoazinha do interior do Estado de Santa Catarina, andavam todos em lufa-lufa, na preparação da festa natalícia. As catequistas e grupo de jovens, haviam preparado pequena peça teatral, intercalada com leituras bíblicas e muitas canções apropriadas à época.

O salão, que era amplo, foi alegrado com brilhos, flores purpurizadas, e vistosas bolas, de variegadas cores, e no proscénio havia lindas avencas e sambambaias, em cascata.

Encantoado, entre panos brancos e azuis, estava um presépio em cascata, e ao centro, dormia o Menino, nu, de madeira pintada, bem agasalhado em mantilha branca.

Tanto o salão como o presépio estavam mergulhados em penumbra, que mal permitia divisar o grupo de crianças, que sentadas no chão, tagarelavam em ruidoso murmúrio.

Para espanto dos petizes, destacou-se do negrume, uma figura quase translúcida, que lentamente aproximou-se das crianças.

Assombradas com a súbita aparição, emudeceram.

Tony, o mocinho mais espigadote e reguila, ganhando coragem balbuciou:

- É Jesus! …É Jesus! …É Jesus! …

Foi então que a Gé, ousou falar:

- O que queres!? Vens trazer-nos brinquedos?!

Erguendo-se num ápice, a sapeca Lili, dispara:

- Eu queria a boneca que vi na rua do Conselheiro Mafra e a consola que o bazar do Centro Comercial, vende.

Jesus, atento, mas silencioso, toma expressão de bondade.

Tomé, vendo que Jesus nada trazia, declara irado:

-Não Te quero! …Não Te quero! …Vens visitar-nos no Natal e não trazes nada!? - E rematou com a frase que ouvira ao pai: - “A religião é o ópio do povo!”

O semblante de Jesus apagou-se de tristeza, e carinhosamente, abrindo os braços num gesto de ternura, sussurra:

- Eu sou o “presente”! Trago-vos a Minha paz! Dou-vos o Meu Amor!

Mal tinha acabado de falar, iluminou-se o salão e o leitor de Cds, que estava dissimulado por cortina de veludo, jorrou canções natalícias.

Em alegre procissão, a multidão entra na sala e apressasse a buscar os melhores lugares.

Adiante, rodeado de crianças que tangem palminhas de felicidade vinha o Papai Noel, vestido de encarnado, com longas e falsas barbas brancas, que escorriam-lhe para o peito; falsas como a neve do presépio.

Sobre os ombros trazia agigantado saco, repleto de brinquedos e guloseimas.

Explodem as palmas e sorriem os rostos. A festa de Natal vai começar…

humbertopinhosilva@sapo.pt


MATÉRIA DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR, ENVIADA ATRAVÉS E.MAIL, PARA PUBLICAÇÃO.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O RESTAURANTE NO FIM DO UNIVERSO


Pois bem, o que irão ler é um resumo contido no volume dois dos cinco livros da série O Mochileiro das Galáxias, escrito por Douglas Adams . Essa obra é considerada um dos maiores clássicos da literatura de ficção científica, editada pela Editora Sextante, Rio de Janeiro, site: http://www.sextante.com.br. Conforme essa Editora, a história começa contando as aventuras espaciais do inglês Arthur Dent e de seu amigo Ford Prefect. A dupla escapa da destruição da Terra pegando carona numa nave alienígena, graças aos conhecimentos de Prefect, um E.T. que vivia disfarçado de ator desempregado enquanto fazia pesquisa de campo para a nova edição do Guia do Mochileiro das Galáxias, o melhor guia de viagens interplanetário.

Mestre em sátira, Douglas Adams cria personagens inesquecíveis e situações mirabolantes para debochar da burocracia, dos políticos, da “alta cultura” e diversas instituições atuais. Seu livro, que trata em última instância da busca do sentido da vida, não só diverte como também faz pensar.


* * *


A continuação das incríveis aventuras de Arthur Dent e seus quatro amigos através da Galáxia começa a bordo da nave Coração de Ouro, rumo ao restaurante mais próximo. Mal sabem eles que farão uma viagem no tempo, cujo desfecho será simplesmente incrível.

O que você pretende fazer quando chegar ao Restaurante do Fim do Universo? Devorar o suculento bife de um boi que se oferece como jantar ou apenas se embriagar com a poderosa Dinamite Pangaláctica, assistindo de camarote ao momento em que tudo se acaba numa explosão fatal?

* * *

Há uma teoria que diz que se um dia alguém descobrir exatamente qual é o propósito do Universo e por que ele está aqui, ele desaparecerá instantaneamente e será substituído por algo ainda mais bizarro e inexplicável.

* * *

Há uma outra teoria que diz que isso já aconteceu.

* * *

Resumo dos últimos capítulos: No princípio o Universo foi criado.

Isso irritou profundamente muitas pessoas e, no geral, foi encarado como uma péssima idéia.

Muitas raças acreditam que o Universo foi criado por alguma espécie de Deus, embora os Jatravartids, habitantes de Viltvodle VI, acreditem que, o Universo inteiro tenha escorrido do nariz de um ser chamado Grande Resfriado Verde.

Os Jatravartids, que vivem sob o medo perpétuo do tempo que chamam de Vinda do Grande Lenço Branco, são pequenas criaturas azuis com mais de cinqüenta braços cada, o que os torna um povo singular, por ter sido o único na história a inventar o desodorante aerossol antes da roda.

A Teoria do Grande Resfriado Verde, no entanto, não é amplamente aceita fora de Viltvodle VI e assim, sendo o Universo o enigmático lugar que é, outras explicações vivem sendo procuradas.

Por exemplo, uma raça de seres pandimensionais hiperinteligentes construiu certa vez um supercomputador gigantesco chamado Pensador Profundo para calcular de uma vez por todas a Resposta à Questão Fundamental da Vida, do Universo e de Tudo Mais.

Por sete milhões e meio de anos, Pensador Profundo computou e calculou, e por fim anunciou que a resposta de fato era Quarenta-e-dois — e assim outro computador ainda maior teve que ser construído para descobrir qual era a pergunta afinal.

E esse computador, que foi chamado de Terra, era tão grande que era frequentemente confundido com um planeta — especialmente pelos estranhos seres parecidos com macacos que perambulavam por sua superfície, totalmente ignorantes do fato de que eram simplesmente parte de um gigantesco programa de computador.

O que é muito estranho, pois sem o conhecimento desse fato básico e razoavelmente óbvio, nada do que acontecia na Terra poderia fazer o menor sentido. Infelizmente, porém, pouco antes do momento crítico da conclusão do programa e leitura do resultado, a Terra foi inesperadamente demolida pelos vogons para dar lugar — era o que alegavam — a uma via expressa interestelar, e assim qualquer esperança de descoberta de um sentido para a vida se perdeu para sempre.

Ou quase.

Duas dessas estranhas criaturas simiescas sobreviveram.

Arthur Dent escapou no último minuto graças a um velho amigo seu, Ford Prefect, que de repente se revelou proveniente de um pequeno planeta em algum lugar nas redondezas de Betelgeuse, e não de Guildford, como vinha alegando até então; e o que

vinha mais ao caso, sabia pegar carona em discos voadores. Tricia McMillan — ou Trillian — tinha dado o fora do planeta seis meses antes com Zaphod Beeblebrox, o então Presidente da Galáxia.

Dois sobreviventes.

São tudo o que resta da maior experiência já conduzida — para descobrir a Questão Fundamental e a Resposta Fundamental da Vida, do Universo e de Tudo Mais.

E a menos de meio milhão de quilômetros de onde sua nave espacial desliza suavemente através da escuridão do espaço, uma nave vogon move-se lentamente em direção a eles.

Como qualquer nave vogon, esta parecia uma massa amorfa congelada, e não exatamente um projeto de design. As desagradáveis protuberâncias amarelas que saiam dela em ângulos repugnantes teriam estragado a aparência da maioria das espaçonaves, mas neste caso, infelizmente, isso era impossível. Coisas mais feias já foram vistas nos céus, mas não por testemunhas confiáveis.




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A viagem à Lua é um mito?