sexta-feira, 11 de março de 2011

CUIDADO QUE O DIABO TAMBÉM VAI À MISSA!

Por Luiz Carlos Nogueira

nogueirablog@gmail.com

Devo dizer antecipadamente que este artigo nada tem de pejorativo em relação às religiões e cultos. A abordagem do tema é de forma alegórica. Aliás, também devo dizer da importância das religiões na vida das pessoas. Se a humanidade trouxesse Deus no coração, as desgraças que as pessoas provocam seriam eliminadas. Isto é antes uma advertência para que cada representante religioso fique atento para cuidar da sua comunidade. E aqui vale lembrar da frase dita pelo médico psiquiatra Dr. Içami Tiba, porque é uma observação muito válida: "A mãe (ou o pai!) que leva o filho para a igreja, não vai buscá-lo na cadeia..."

Vivemos numa época em que se descobriu a ação do marketing, da propaganda apelativa e das abordagens diretas daqueles que querem introduzir um produto no mercado. E é por isso que digo: CUIDADO QUE O DIABO TAMBÉM VAI À MISSA. Aqui, ir à missa significa ir a qualquer culto religioso e freqüentar as escolas de evangelização.

Ora, o que se observa é que não se consegue colocar um produto onde já não há demanda. Nesse caso, tem-se que procurar outros segmentos sociais como alternativa de mercado.

Ora, no inferno é que não há mais nada para se fazer, no sentido de atrair novas almas. Para aumentar a população infernal, o diabo vai à busca dos “crentes” desinformados justamente onde eles se encontram: nas igrejas ou cultos de qualquer religião.

Não raro vemos jovens e adultos que não se conscientizaram, por exemplo, dos malefícios do cigarro (hoje também já se fuma o narguilé ou narguile, tido como “inofensivo”), porque o padre fuma, ou o representante de uma seita também fuma e ingere bebidas alcoólicas.

Quem discorda que essas coisas não servem de porta para as drogas psicoativas?

Quem é católico ou evangélico por certo conhece a frase que Jesus proferiu: “Vigiláte et oráte, ut non entrétis in tentationem”, ou seja, Vigiai e orai para que não entreis em tentação, cf. Marcos:15,1-46.

É preciso vigiar mesmo, porque os bandidos traficantes de drogas, são os que promovem a prostituição (a pedofilia é uma das modalidades ainda mais agressivas) dos jovens e até crianças porque estes ingressam nesse submundo infernal, aliciados por esses vermes sociais, para manter seus vícios em substâncias entorpecentes, quando também não assaltam e matam.

O pior de tudo é que temos políticos sem-vergonha, gentalha da pior espécie, fazendo apologia das drogas, e que de tão podres que são, torna-se impossível classifica-los com termos adequados. Por que isso interessa a esses políticos? É uma pergunta que fica para o leitor descobrir.

É preciso vigiar mesmo (só orar não resolve – “Ajuda-te que o céu te ajudará”), porque as igrejas de qualquer culto não estão livres dos demônios que para lá se aportam. Pois é lá nos seus redis que o diabo pode atacar facilmente as ovelhas, porque ninguém acredita que o “tinhoso” possa entrar nas casas de Deus. — Mas pode e entra se ninguém estiver cuidando. Esse é o trabalho dos pastores das ovelhas — cuidar.

Quem já não viu nos jornais e nas televisões, casos de padres, ministros evangélicos, pais de santo, etc. envolvidos com drogas e pedofilia? Na verdade esses são os diabos que profanam e agem nas casas de Deus, porque os “responsáveis maiores” às vezes dormem.

O diabo traveste-se de padre, de ministro evangélico, ou de qualquer outro ministro religioso ou chefe de seitas religiosas, para tirar proveito dos seguidores. E aqui eu peço ao leitor para exercitar sua imaginação e inteligência para bem entender este artigo impregnado de alegoria.

Torno a advertir que o que escrevo não tem o objetivo de atacar ou tampouco insinuar demérito a essas instituições religiosas, pelo contrário, como eu já disse, elas são importantes e contribuem para a formação espiritual, moral e ética das pessoas. Mas é preciso que estejam vigilantes e prontas para combater as ações diabólicas de elementos que as profanam.

Vou contar uma pequena história para ilustrar um pouco do que digo. Lembro-me muito de uma que me chamou a atenção e por isso ficou gravada na minha mente, embora eu ainda fosse muito jovem a li no livro de Giovani Bocaccio (1313-1375), intitulado “Decameron” (que continha, me parece, em torno de umas 100 histórias) (1349-52, revisado em 1370-71).O personagem tratava-se de um monge, mas poderia ter sido qualquer outro “religioso”.

Trabalho Jô Oliveira, quando ainda estudava desenho (reproduzido do livro Decameron)


A história é mais ou menos assim, como consigo me lembrar (as frases expressam a idéia do autor, porém não foram reproduzidas exatamente com estão do livro).

Eis que havia um homem muito rico que vivia em Capsa, na Barbéria, que tinha uma filha muito atraente e bonita. Chamava-se Alibech, que embora não fosse cristã tinha vontade de servir a Deus. Essa moça tendo ouvido que o caminho para esse desiderato era converter-se à fé cristã, e que quem melhor podia servir a Deus, era aquele que rejeitava as coisas mundanas, especialmente os que se retiravam para a solidão do deserto de Tebaida (região do antigo Egito).

A moça era adolescente que devia ter por volta de 14 anos. Embalada pelo seu sonho ainda muito próximo da infantilidade, resolveu sair escondida, sem contar a ninguém o que tinha em mente e se encaminho para o tal deserto.

Embora sentindo muito cansaço, mas movida por intensa curiosidade, penetrou deserto a dentro e logo em poucos dias deparou-se com um casebre que era habitada por um homem santo, que surpreendido com a presença daquela menina em sua porta e naquele deserto, perguntou-lhe o que estava fazendo ali. Então ela lhe respondeu que se sentia inspirada por Deus e queria servir-Lo. Mas procurava quem lhe pudesse ensinar a forma mais conveniente.

Mas aquele ermitão temendo que o diabo viesse tenta-la para acolhe-la como discípula, ofereceu-lhe ajuda dando-lhe frutas silvestres e tâmaras para comer, água para beber e raízes de ervas, e depois lhe disse para ir embora e procurar perto dali um homem santo que lhe serviria de mestre muito melhor que ele, para que ela conseguisse atingir os seus propósitos. Saído desse lugar foi procurar o tal homem santo que procedeu na mesma forma e mandou-lhe que procurasse um outro mestre.

A mocinha prosseguiu sua viagem até que encontrou numa cela, um jovem eremita, que diziam ser muito devoto e bom. Seu nome era Rústico, e disse para a ela a mesma coisa que lhe haviam dito os outros. Depois, ao que parece o tal do Rústico quis colocar a prova os seus votos e resolveu acolher a adolescente, desistindo assim, mandá-la procurar um outro mestre ou como queiram chamar — um outro conselheiro espiritual.

Ao chegar a noite, Rústico preparou um leito com ramos de palmeiras para que ela dormir. Todavia, a presença da jovem despertou o instinto sexual que dormitava no jovem eremita, que passou então a pensar nos atrativos femininos da menina, esquecendo-se da sua disciplina, das suas orações e da sua busca de santidade. Rústico passou a pensar em como poderia agir para que a menina não descobrisse suas más intenções e seus desejos impuros para com ela.

Com perspicácia o eremita conseguiu saber que a jovenzinha nunca havia tido um homem, o que lhe favorecia executar um plano que ensaiou, ou seja, dizendo que iria ensina-la como servir a Deus, mesmo tempo em que podia se submeter a ele o eremita.

Falou-lhe muito que o diabo era inimigo de Deus e que o serviço que melhor ela prestaria ao Criador seria o de colocar o diabo no inferno, ou seja, fazendo-o voltar para o lugar ao qual Deus o havia condenado a ficar e de onde ele tinha escapado.

Entusiasmada a jovenzinha perguntou a Rústico como poderia ela fazer isso. Então o eremita disse, que ela iria saber muito em breve, e que para isso bastaria que a mesma o imitasse no que ele fizesse. Daí o eremita tirou as roupas ficando completamente nu. A mocinha o imitou fazendo o mesmo.

Isso feito Rústico se ajoelhou à frente dela como se a estivesse adorando. E vendo-a tão bela, apresentou-se a ressurreição da carne que ela assistiu como que encantada. De repente Alibech olhando para o eremita se espantou com o que viu e lhe disse mais ou menos isso (não me lembro exatamente das palavras): O que é isso que vejo levantar de ti e que eu não tenho? Imediatamente o eremita respondeu dizendo-lhe: eis que esse é o diabo do qual eu lhe falei. Ele me traz muito sofrimento, como por exemplo, agora, que estou tendo muita dificuldade de suportar!

E aí mocinha ingênua disse: que Deus seja louvado, pois nesse caso percebo que estou melhor que você porque eu não tenho esse diabo grudado em mim!

E o eremita replicou: mas em compensação, por outro lado, você tem uma outra coisa que eu não tenho!

Alibech retrucou: como assim?

Ora disse Rústico: você tem o inferno e decerto Deus lhe mandou aqui para proporcionar saúde à minha alma. Por conseguinte esse diabo continuará me atormentando se você não se compadecer de mim pelo meu sofrimento, permitindo que eu coloque o diabo no seu inferno. Isso me trará consolo além do que você estará agradando a Deus. Você não pensou que a sua vinda para cá com essa missão? O que você acha?

Levando em conta o que o eremita lhe disse, a mocinha consentiu de boa fé, dizendo: Bendito seja Deus, pois já que possuo o inferno, vamos colocar o seu diabo nele quando você quiser!

Bendita também seja você, disse-lhe o eremita, então vamos tratar disso imediatamente para que esse diabo me deixe em paz! Assim a jovem foi conduzida à cama e ensinada como se colocar na posição adequada para aprisionar o “cramulhão” (como se costuma chamar o diabo, capeta, tinhoso, chifrudo, etc.).

Como a mocinha nunca havia aprisionado algum diabo no seu inferno, no princípio sentiu-se incomodada, mas Rústico lhe disse: filha, isso não será sempre assim. E para que a mocinha não abandonasse o leito, o eremita colocou-lhe o diabo várias vezes. E pelo fato de repetir o ato varias vezes fez com que a jovem se acostumasse, sentindo-se à vontade para receber o demônio com prazer, a ponto de dizer para Rústico: agora posso ver que os homens de Cpsa diziam a verdade, ou seja, que servir a Deus é uma coisa muito gratificante!

Bem a história vai um pouco além, mas já é o suficiente para que o leitor possa refletir sobre o assunto.

Vejam também este trecho publicado na Tribuna de Betim, como o “diabo” não escolhe as igrejas religiosas de qualquer culto: A cada dia se agrava a situação de vulnerabilidade das Igrejas evangélicas. As situações inexplicáveis e sem sentido - para muitos evangélicos - ainda estão crescendo mesmo assim!!


A moda agora é o estupro, pedofilia e violência sexual com crianças evangélicas. As presas destes satanistas, são escolhidas a dedo em público cristão; de preferência em pleno culto religioso.”

Ninguém, nem as instituições religiosas, políticas, etc., estão livres dos “diabos” que as infestam. ENTÃO PRECISAMOS VIGIAR ALÉM DE ORAR.

Um comentário:

  1. Quando se refere aos políticos; me veio à mente duas ações do FHC (PSDB) que, paralelas, deixa muito claro e evidente os caminhos abertos pelo Diabo.
    Uma foi institucionalizar o uso da maconha através do artigo 16. Outra, foi da mesma forma criar dispositivos legais para obtenção do Bolsa Reclusão que já fazia parte da Lei mas que nunca fora regulamentada.
    Refletindo sobre uma e outra dessas duas iniciativas, podemos ter noção lógica de qual futuro previa-se.

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