Por João Bosco Leal
Desde os tempos mais remotos conhecidos da história o homem busca alternativas para construir um mundo melhor para si, seus filhos e netos.
Analisando qualquer dos meios utilizados para isso, sejam físicos, econômicos, científicos, médicos, emocionais ideológicos ou religiosos, percebemos que a busca do homem é sempre a mesma: uma vida mais feliz.
Fatos históricos como o descobrimento ou a invasão de novos territórios, saques, crimes e até guerras sempre ocorreram por motivos religiosos ou em busca de riquezas e poder.
Os homens acreditavam, e muitos ainda acreditam, que mesmo ocorrendo muitas mortes para se atingir esse objetivo, quando de posse daquele território, daquela riqueza, ou imposta sua religião como a única, teriam um futuro melhor, mais abundante, pacífico e feliz.
Sabendo serem mortais, Imperadores e Faraós mandavam construir seus próprios jazigos com muitos ambientes e salas onde guardavam fortunas, acreditando que em uma provável e desconhecida vida posterior à morte poderiam continuar poderosos com seus tesouros.
O homem também sempre buscou prolongar sua vida, motivo pelo qual recorreu a pagés, curandeiros, magos, bruxos e aos médicos e cientistas atuais, que estão conseguindo realizar grande parte dessa ambição.
Cada vez mais as doenças estão matando menos, e os remédios prorrogando o fim e diminuindo o sofrimento daqueles para quem ainda não se conseguiu a cura.
Cientistas buscam incansavelmente derrotar as doenças e deficiências humanas com novos tratamentos, transplantes de órgãos, de medula óssea ou gerando novas vidas com fertilizações in-vitro, transferência de embriões e mais recentemente com clonagens.
A utilização das novas tecnologias permite retardar o envelhecimento, proporcionam uma melhor qualidade de vida e certamente isso ocorrerá cada vez mais.
Os pais, sabendo dos riscos e dificuldades que a vida imporá a seus filhos, mesmo que inconscientemente, adiam o quanto podem os primeiros vôos solo, sonhando com uma vida perfeita para as ‘crianças’.
Nada convence os amantes, simples mortais, da impossibilidade de viver sua paixão eternamente e que o máximo que conseguirão, como dizia o poeta, é “que seja eterno enquanto dure’.
Ideologias políticas e muitos outros sonhos dos jovens tornam-se motivo de desilusão destes e descrédito dos políticos, que deveriam discutir leis e regimes que proporcionassem menor desigualdade e melhor qualidade de vida da população que os elegeu, mas só buscam os próprios interesses.
Em muitos países do oriente médio e da África alguns líderes utilizam falsas afirmações religiosas, distorcendo textos tidos como sagrados por aquelas populações, para com isso submetê-los às suas determinações. Alguns de seus seguidores chegam a se implodir envoltos em bombas, acreditando na promessa de que essa atitude os levará a uma nova vida, nababesca e repleta de mulheres virgens à sua disposição.
O poder e a religião são veículos utilizados para o que durante séculos foi e permanecerá sendo a real, eterna e única busca do homem: a realização de seus sonhos.
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