segunda-feira, 27 de julho de 2015

AFINAR, RELIJÃO É COISA BOA?









Luiz Carlos Nogueira







Nunca fui interessado em piadas, mas uma vez alguém me contou uma, de sobre como um “caipira” (esse tipo de gente, analfabeta, simples, de roça, tem uma sabedoria que muitas vezes envergonha alguns letrados), que estava colhendo milhos do seu milharal, respondeu o que ele pensava a respeito das religiões.

Claro, a pergunta foi feita por um pesquisador, que havendo se formado em filosofia e teologia, pretendia escrever um livro sobre o assunto e, portanto, precisava colher os mais variados pontos de vista. Assim o jovem pesquisador, aproximou-se do “sinhozinho”, após cumprimentá-lo e este enxugar o suor do rosto, pôs-se a responder, à sua maneira:

Apois assunte bem seu dotô, prá ieu, relijão é iguar essa coieita de mio qui tô fazeno, uai!

Igual colheita de milho? Indagou o pesquisador: como?

O velho agricultor então começou a lhe explicar: O sinhô intão num sabe qui nóis aqui na roça, prá prantá quarqué coisa, primero nóis tem que saber o que vamo prantá, escoiê as semente, prepará a terra, sameá, cuidá até quando tivé dano prá coiê.

Intão. Despois de coído, nóis num tem que levá prá vendê na cidade? Aí ocê pode levá pela estrada de chão, pela estrada de asfarto ou intão í de canoa, né? I cono tem tréim di ferro, nóis leva de tréim, uai!

Cono nóis chega prá vendê prôs comerciante, elis num vão ti preguntá por quar caminho nóis veio — elis vão é querê sabê é se o mio é bão o num presta!.

Pois bem, a lição que se tira dessa piada é que vários são os caminhos que nos levam a Deus. O que é necessário é que sejamos bons.

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