segunda-feira, 20 de junho de 2011

A PAZ PERFEITA

Matéria enviada pelo meu amigo Ycaro Afonso, por e.mail:

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data19 de junho de 2011 22:23
assuntoA Paz Perfeita
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A paz perfeita


Havia um rei que ofereceu um grande prêmio ao artista que fosse capaz de captar numa pintura a paz perfeita. Foram muitos os artistas que tentaram. O rei observou e admirou todas as pinturas, mas houve apenas duas de que ele realmente gostou, e teve que escolher entre ambas.


A primeira era um lago muito tranqüilo. Este lago era um espelho perfeito onde se refletiam umas plácidas montanhas que o rodeavam. Sobre elas encontrava-se um céu muito azul com tênue nuvens brancas. Todos os que olharam para esta pintura pensaram que ela refletia a paz perfeita.


A segunda pintura também tinha montanhas. Mas estas eram escabrosas e estavam despidas de vegetação. Sobre elas havia um céu tempestuoso do qual se precipitava um forte aguaceiro com faíscas e trovões. Montanha abaixo parecia retumbar uma espumosa torrente de água. Tudo isto se revelava nada pacífico.


Mas, quando o rei observou mais atentamente, reparou que atrás da cascata havia um arbusto crescendo, de uma fenda na rocha. Neste arbusto encontrava-se um ninho. Ali, no meio do ruído da violenta camada de água, estava um passarinho placidamente sentado no seu ninho. Paz perfeita.

Qual pensas que foi a pintura ganhadora? O rei escolheu a segunda. Sabes por quê? "Porque", explicou o rei: "paz não significa estar num lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho árduo ou sem dor." "Paz significa que, apesar de se estar no meio de tudo isso, permanecemos calmos no nosso coração." "Este é o verdadeiro significado da paz"


Matéria extraída do site Gotas de Paz - para acessá-la clique no link abaixo:

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A Bíblia Sagrada pode ser uma pista segura de que os primeiros habitantes da Terra teriam sido gigantes?

Por Luiz Carlos Nogueira

nogueirablog@gmail.com



Ainda que a Bíblia Sagrada seja considerada por uns, como um livro não inspirado, ou por outros, geralmente os religiosos, como de inspiração divina, de qualquer modo trata-se de uma compilação produzida pelas mãos do Homem, com relação a possíveis fatos ocorridos ao longo da história da humanidade. De qualquer sorte não perde sua importância histórica, por indicar pistas que podem ser seguidas com a finalidade de se apurar as verdades.


Algumas das informações serviram para as explorações arqueológicas, muitas delas com algum êxito. Por exemplo, quando baseado nos escritos bíblicos no que diz respeito aos Patriarcas, se descobriu ao norte da Síria, o arquivo de Ebla, cujos registros (escritas cuneiformes) efetuados em tabletes de barro há aproximadamente 2.300 A.C, serviram para a constatação de que são genuínos os nomes de pessoas e lugares. Também os costumes descritos nas histórias dos Patriarcas foram registrados em tabletes de barro encontrados em Mari e Nuzi.


Em Gênesis 1:2 a palavra usada “tehom” (“o abismo”) era considerada como uma palavra mais moderna, e que, portanto, a história da criação teria sido escrita bem mais tarde do que se afirmava. Mas ocorre que o vocábulo “Tehom”, segundo pesquisas, já era usado em Ebla, aproximadamente 800 anos antes de Moisés.


Os tabletes de barro, também resultantes de descobertas arqueológicas, deram conta de que Belsazar era filho de Nabonidus e co-regente da Babilônia, aclarando a dúvida se Belsazar era o rei da Babilônia, nomeado em Daniel 5. Por isso, ele podia oferecer a Daniel "o seu lugar no reino" — o terceiro em importância no governo do reino. (Daniel 5.29)


Outro caso, foram os Hititas (Gênesis 15:20; 23:3; 23:5; 23:7; 23.10; 23:16; 23:18; 23:20; 25:10; 27:46; 49:32) (Êxodo 3:8; 3:17; 13:5; 23:23; 23:28; 33:2; 34:11) (Números 13:29) (Deuteronômio 7:1; 20:17) (Josué 1:4; 3:10; 9:1; 11:3; 12:8) que eram considerados como uma lenda bíblica, mas as descobertas arqueológicas em Bogazkoy na Turquia, demonstraram a veracidade do relato.


Afirmava-se o rei assírio chamado Sargom, conforme está em Isaías 20:1, não teria existido porquanto em nenhum outro lugar na Bíblia havia referência desse nome. Mas o palácio do rei Sargom foi descoberto em Khorsabad no Iraque.


O evento mencionado em Isaías estava, inclusive, gravado nos muros do palácio. Além disso, pedaços de um obelisco comemorativo da vitória foram encontrados na própria cidade de Asdode.


Entretanto e não obstante a Bíblia seja pródiga em referir-se aos nefilins, ou homens gigantes com estatura em torno de 4 metros, nenhum sítio arqueológico foi ainda descoberto, que pudesse fornecer evidências de que os nefilins poderiam sim, ter existido na Terra, num passado muito distante. Vejamos o que está registrado na Bíblia:


Gênesis 6.4Naqueles dias havia nefilins [28] na terra, e também posteriormente, quando os filhos de Deus possuíram as filhas dos homens e elas lhes deram filhos. Eles foram os heróis do passado, homens famosos..”


Números 13.33 - "Vimos também os gigantes, os descendentes de Enaque, diante de quem parecíamos gafanhotos, a nós e a eles.."


Deuteronômio 2.10; 9:2 - "Antigamente os emins habitavam nessa terra; eram um povo forte e numeroso, alto como os enaquins. " “O povo é forte e alto. São enaquins! Você já ouviu falar deles e até conhece o que se diz: “Quem é capaz de resistir aos enaquins?”


Deuteronômio 3.11 - "Ogue, rei de Basã, era o único sobrevivente dos refains. Sua cama[3] era de ferro e tinha, pela medida comum, quatro metros de comprimento e um metro e oitenta centímetros de largura[4]. Ela ainda está em Rabá dos amonitas."



Josué 11.22 - "
Nenhum enaquim foi deixado vivo no território israelita; somente em Gaza, em Gate e em Asdode é que alguns sobreviveram. "


Josué 14.15"Hebrom era chamada Quiriate-Arba, em homenagem a Arba, o maior dos enaquins. E a terra teve descanso da guerra. "


1 Samuel 17.4 - "Um guerreiro chamado Golias, que era de Gate, veio do acampamento filisteu. Tinha dois metros e noventa centímetros [55] de altura.." (Golias teria sido descendente dos nefilins?)



1 Crônicas 20.6 - "
Noutra batalha, em Gate, havia um homem de grande estatura e que tinha seis dedos em cada mão e seis dedos em cada pé; vinte e quatro dedos ao todo. Ele também era descendente de Rafa,." (Outro possível descendente dos nefilins?)


Assim, não obstante a Bíblia seja pródiga em referir-se aos nefilins ou homens gigantes, com estatura em torno de 4 metros, nenhum sítio arqueológico foi descoberto ainda, que pudesse fornecer evidências de que esses seres teriam vivido na Terra, antes de haver surgido os seres humanos, tais como conhecemos hoje e dos quais descende a humanidade atual.


Faz muito tempo que vem trafegando pelo Internet, o boato com foto dizendo que a National Geographic Society teria descoberto o esqueleto de um homem gigante, pois segundo já declarou essa sociedade — a notícia é falsa. Isso teria sido uma brincadeira que começou em 2002, quando um jovem fez uma alteração da foto digital e a publicou na rede mundial de computadores.










A mídia sensacionalista ajuda a propagar o logro, como se fosse um fato verdadeiro. A mesma coisa aconteceu com um artigo publicado em 2007 pelo Hindu Voice da Índia, que arqueólogos ajudados pelo exército indiano, teriam feito escavações em um sítio onde teria sido encontrado também o esqueleto de um homem gigante. Sabe-se hoje, que a imagem foi extraída do site Worth1000, que promove concursos e expõe as fotos modificadas como sendo descobertas arqueológicas.


Por conseguinte, não deve ser por isso que as pesquisas científicas devam ser deixadas de lado, afinal o papel a ciência e descobrir, inventar, esclarecer. Diz o ditado popular que: “onde há fumaça pode haver fogo”. A exemplo disso, por sorte eu havia guardado um artigo do Professor João Flávio Martinez (fundador do CACP- Centro Apologético Cristão de Pesquisas, graduado em história e professor de religiões), que foi publicado no dia 03/11/2007, sob o título: “O Templo de Davi em Jerusalém”, pesquisando em o Jornal Folha de São Paulo, edição do dia 06/08/2005 (sábado), que transcrevo a seguir para mostrar a concordância com o que eu disse no início deste parágrafo:


Eis o texto:


“O arqueólogo Randall Price comenta que referente à tomada da cidade de Jerusalém das mãos dos jebuseus (II Sm. 5:7-25) pelo Rei Davi já foram celebrados pelos Judeus mais de 3.000 aniversários. Dentro dessa conjuntura importantíssima fazem-se necessárias evidências, além de paleográficas, arqueológicas e parece que tais evidências estão sendo achadas.



O Jornal Folha de São Paulo, na sua edição de Sábado (06/08/05), traz a notícia do possível achado do Palácio do Rei Davi em Jerusalém, relata o seguinte à matéria: "Uma arqueóloga israelense diz ter descoberto em Jerusalém Oriental o lendário palácio do rei bíblico Davi... A descoberta é rara e importante: um grande edifício público do século 10 a.C., junto com fragmentos de cerâmica da época de Davi e Salomão e um sinete (usado para carimbar documentos) que pertenceu a um funcionário mencionado no livro do profeta Jeremias. A descoberta provavelmente vai se tornar mais um argumento numa das maiores controvérsias da arqueologia bíblica... Baseada na Bíblia e em um século de arqueologia no local, Mazar, 48, especulou que uma famosa escadaria com degraus de pedra escavada antes era parte da fortaleza que Davi conquistou... Seu palácio ficaria depois do perímetro original dos muros da cidade, no caminho para a Esplanada do Templo, edificado por seu filho, Salomão... Afirma ela - ´Quando os filisteus (grandes inimigos dos israelitas) vinham lutar, a Bíblia diz que Davi descia de sua casa para a fortaleza... Fiquei pensando: descia de onde? Então imaginei que talvez houvesse algo aqui (em Jerusalém Oriental)'... Mazar acredita ter achado a resposta: um grande edifício público, com pelo menos alguma cerâmica da época, e um sinete governamental de Jeucal, filho de Selemias, mencionados no livro de Jeremias. O prédio pode ser razoavelmente datado com a cerâmica achada ainda debaixo dele. Sob o Palácio encontrou fragmentos dos séculos 12 a.C. ou 11 a.C., pouco antes da conquista da cidade por Davi. Acima estavam as fundações de um edifício monumental, com pedras grandes usadas para fazer muros de 1,8 m de espessura. Num canto havia cerâmica dos séculos 10 ao 9 a.C., mais ou menos da época do reino unido de Israel".



A pessoa do Rei Davi agiganta-se nas páginas do Antigo e Novo Testamentos, sendo mencionada cerca de 1.048 vezes. No AT ele é o assunto primário de 62 capítulo e o autor de 73 salmos. No NT, figura proeminentemente em ambos os lados da genealogia de Jesus e no lugar onde nasceu (Mt. 1:1,6,17,20; Lc. 2:4,11; 3:31), mostrando sua relevância para a historiografia bíblica. Os atuais achados só vêm corroborar mais uma vez com provas factuais já atestadas pelas provas paleográficas. Apesar de alguns quererem usar a falta de evidências para provar alguma contradição da Bíblia, o tempo e as pesquisas sempre advogam favoráveis à Escritura Sagrada.”


segunda-feira, 13 de junho de 2011

Não tem que encaixar, tem é que mudar! - Prof. Hélio Arakaki

Matéria enviada pelo autor, por e.mail:

deHélio Arakaki helio@muryokan.com.br
paraHélio Arakaki
cconogueirablog@gmail.com
data13 de junho de 2011 11:46
assuntoCoisas da alma-56 -"Não tem que encaixar, tem é que mudar"
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Coisas da alma (56)
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Hélio Arakaki - Educador, Prof de Karate, Facilitador didata de Biodanza, Consultor para o desenvolvimento dos potenciais humanos em empresas - www.muryokan.com.br contato@muryokan.com.br


Não tem que encaixar, tem é que mudar!



Somos excepcionais em resolver problemas relacionados com disciplinas de conhecimento preciso como a matemática, física, história etc, devido à nossa formação cartesiana.


Por outro lado, apresentamos uma grande dificuldade em lidar com as questões que nos afetam emocionalmente.


A emoção é uma manifestação instintiva que ocorre diante de certas situações que estaremos expostos até o último de nossos dias. Geralmente, situações imprevisíveis e complicadas a gerar uma carga emocional muito intensa.


O poeta Fernando Pessoa escreveu que “navegar é preciso, viver não é preciso”. Uma descrição poética, mas real da vida onde mapas e bússolas não nos conferem precisão nenhuma. A vida por si só é desordenada.


Por trás dessa imprecisão e desordem, o caos atuando. Eu, mesmo me vi no meio de um situação caótica que me veio interromper uma linha continua de harmonia. No início, incrédulo e atemorizado, tentava manter-me lúcido. Um exercício exaustivo pela busca do controle das emoções.


Aparentemente a situação caminhava para um desfecho com graves conseqüências. Mas com o desdobrar dos dias, eis que, inesperadamente, uma sucessão de fatos e, principalmente, o encontro com pessoas, conduziram a situação a um desfecho feliz.


Devido a nossa formação cartesiana, pouca ou quase nenhuma habilidade emocional possuímos para lidar com a falta de ordem - o caos, propriamente dito - em nossa vida.


Caos significa desestruturação do que está estruturado para se criar uma nova estrutura.


Diante dessa percepção positiva do caos foi que, numa aula de Biodanza, uma aluna, que vivia um momento de indefinição, uma vez que recentemente havia pedido demissão de seu emprego, veio com a frase sensacional: “não tenho que encaixar nada, tenho é que me mudar”!


Com isso, ela quis dizer que, mesmo sentindo que a sua vida estava desordenada, o certo seria não querer encaixar o que estava fora de ordem, e sim navegar no fluxo incerto da mudança.


O medo do incerto, de perder o controle, nos engessa de tristeza e apatia, sufocando a possibilidade de desfrutar a vida com prazer e alegria.


Por falar em prazer e alegria, lembrei-me de uma palestra do polêmico guru indiano Nithyananda, cujo tema era a ordem e o caos. Polêmicas a parte, achei interessante a sua linha de raciocínio.


Nithyananda, utilizando a dança para expressar a sua visão acerca do tema, dizia: Por que as pessoas gostam de dançar? Porque elas não precisam estar em ordem...se estiver você dançando ordenadamente, você perde a alegria...por isso, se diz que a verdadeira dança é só uma expressão do seu ser e não uma forma de exercício...Se você quiser gostar de dançar terá que dançar sem ordem, terá que ser o caos!”


Para quem conhece a Biodanza, até parece que o guru bebeu da fonte da Biodanza!


A sabedoria japonesa diz que em épocas de calmarias, é prudente não esquecermos das tempestades. Um lembrete para que internalizemos o fato de que a nossa vida por si só já é um caos, que a única certeza que temos é do agora.


Portanto, é essencial após cada adversidade superada, fortalecer em nós a capacidade de, ao invés de sermos engolidos, deslizarmos pelas ondas indomáveis da incerteza sempre existentes no grande oceano das possibilidades que é a vida.


Sem as ondas, o oceano deixa de ser oceano.


Sem o inesperado e, de vez em quando, o caos, sucumbimos em meio a um deserto árido de monotonia e insatisfação.


Acompanhe todos os domingos das 8h às 9h da manhã (horário do MS) o programa “Viva Blink” apresentado por mim na Rádio Blink FM 102.7 ou ouvindo o podcast dos programas gravados no www.blink102.com.br

sábado, 11 de junho de 2011

MEMENTO HOMO

quarta-feira, 27 de abril de 2011

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MEMENTO HOMO

Da Costa e Silva in Verônica

Que somos nós?
- Pulvis et umbra sumus.
Horácio, o teu pentâmetro latino,
No mais sábio e conciso dos resumos,
Diz o que é a vida em face do destino.

O homem, vindo do pó, da lama, do humus
Que se transforma ao hálito divino,
É sombra errante por incertos rumos,
À mercê de seu próprio desatino.

Por mais que à lei da morte se submeta,
Lute e sofra, nem sempre se persuade
De que a sua existência no planeta

Não passa de um sombra de vaidade,
De um simples grão de areia na ampulheta
Em que o tempo derrama a Eternidade.



Fonte: Blog da Rosa Nina - Clique aqui para conferir

terça-feira, 7 de junho de 2011

Viver a natureza do ser,às vezes, um ato pavoroso - Por Hélio Arakaki

E.mail recebido do professor Hélio Arakaki, para publicação:

deHélio Arakaki helio@muryokan.com.br
paraLuiz Carlos Nogueira
data7 de junho de 2011 12:02
assuntoCoisas da alma (55) - "Viver a natureza do ser, às vezes, um ato pavoroso"

ocultar detalhes 12:02 (2 horas atrás)




Coisas da alma (55)
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Hélio Arakaki - Educador, Prof de Karate, Facilitador didata de Biodanza, Consultor para o desenvolvimento dos potenciais humanos em empresas - www.muryokan.com.br contato@muryokan.com.br


Viver a natureza do ser,às vezes, um ato pavoroso



Possuo três cachorrinhos, todos de raças pequenas. O Murphy, um pincher com 8 anos e já ranzinza, o Nick, um mestiço de lhasa com poodle de um pouco mais de dois anos e o Hatiko, isso mesmo, o mesmo nome do cachorro do emocionante filme Sempre ao seu lado, um lhasa apso de pouco mais de quatro meses de idade.


Bem, os dois novinhos são sapecas. Passam o dia todo brincando. E o Murphy, já velhinho, querendo ficar no seu canto sossegado, fica doidinho com a bagunça dos dois.


Como nos últimos tempos tenho vivido em meio às turbulências, às vezes, vendo os mais novos dormindo ou brincando, penso:como gostaria de levar a vida desses animaizinhos, sem pressão e nem preocupações, ao contrário do Murphy, irritadiço ao extremo.


Na verdade, um pensamento covarde este meu. Uma forma de negação da realidade. E é da negação que surge a atração pela alienação, um estratégia escapista para evitar a confrontação com a verdade -muitas vezes dolorida - dos fatos.


Platão dizia ser a ignorância a fonte do sofrimento humano. Daí a importância de mantermo-nos consciente e lúcidos, principalmente, nos momentos de extrema pressão e dificuldade.


Mas, convenhamos, como é difícil manter a lucidez nos momentos caóticos, não?


A lucidez surge a partir do estado de consciência.


A consciência é um dom humano, nos faculta a possibilidade de atribuir um significado transcendente a tudo aquilo que fazemos para sobreviver através dos instintos, como comer, beber, dormir e copular. O que já não acontece com os animais.


Os animais não podem dar um toque de refinamento às suas manifestações instintivas. Tal refinamento trata-se de uma condição estritamente humana.


É através da nossa consciência que transformamos o simples ato de beber uma xícara de chá ou de chocolate ou uma taça de vinho, em um momento de eterno prazer. Que fazemos do ato de comer um momento delicioso em que saboreamos aromas e sabores diversos. Que tornamos o mecânico ato sexual em um momento sublime de fusão e comunhão amorosa.


Por outro lado, a consciência nos permite realizar boas escolhas. Mas por que então muitas vezes negamos a fazê-las ou fazemos repetidamente as escolhas erradas?


A resposta não se justifica na consciência, mas na inexistência dela.


Aprofundando na questão. Todas as nossas escolhas são influenciadas por aquilo que temos como preferências, sendo elas estabelecidas a partir das experiências que nos causaram prazer ou dor.


Como somos naturalmente atraídos pelas coisas prazerosas e tendemos a rejeitar tudo aquilo que nos causa dor e desconforto, podemos ser tentados a deixar de fazer contato com a realidade.


Mas a negação nos torna alienados, uma opção em ignorar a realidade que nos incomoda ou que nos desafia ou que nos deixa desconfortáveis, preferindo viver um faz de conta de que está tudo bem.


A alienação é um processo dissociativo que nos leva a viver uma vida pela metade ou uma vida toda de inverdade, pois o viver pleno é obtido através da integração dos opostos, ou seja, quando nos dispomos a aceitar a realidade na sua totalidade e, principalmente, a aceitar quem somos por inteiro, de novo citando a Luisa: ” Já o ser, ah, o ser...Que delícia apenas ser! Com todas as angústias e prazeres que o ser proporciona. .. Sejamos apenas. Sejamos luz ou treva, flor ou raiz...”


Os animais, bem como toda manifestação de vida, cumprem a sua existência seguindo um roteiro cósmico marcado pelo determinismo biológico, mas perfeitamente integrados na sua natureza e, por isso, com a natureza. E assim é que os pássaro embelezam os nossos ouvidos, as árvores nos banqueteiam com frutos e sombras, as flores nos sorriem desabrochando.


E a nós, abençoados pelo benção da inteligência, podemos , ao aceitarmos a realidade dos desafios e das dificuldades, transcender a dualidade que permeiam as nossas escolhas para podermos viver a vida com mais profundidade e totalidade e, assim, fazer revelar a nossa verdadeira natureza: ser nós mesmos com todos os riscos e conseqüências diante da realidade que nos cobra atitudes responsáveis a todo o momento (como invejo os meus cãezinhos).


Portanto, ser a expressão mais pura da nossa natureza enquanto ser, creio eu, é um dos desafios mais fascinante e ao mesmo tempo pavoroso para o ser humano.


Para amenizar, um conto zen.


Dois monges estavam lavando suas tigelas no rio quando perceberam um escorpião que estava se afogando. Um dos monges imediatamente pegou-o e o colocou na margem. Mas ele foi picado. Ele voltou para terminar de lavar sua tigela e novamente o escorpião caiu no rio. O monge salvou o escorpião e novamente foi picado.


O outro monge então perguntou:"Amigo, por que você continua a salvar o escorpião quando você sabe que sua natureza é agir com agressividade, picando-o?"


"Porque," replicou o monge, "agir com compaixão é a minha natureza."


Acompanhe todos os domingos das 8h às 9h da manhã (horário do MS) o programa “Viva Blink” apresentado por mim na Rádio Blink FM 102.7 ou ouvindo o podcast dos programas gravados no www.blink102.com.br

segunda-feira, 6 de junho de 2011

CAMPOS MÓRFICOS, O AKASHA, O MUWAKKALS

Por Luiz Carlos Nogueira

nogueirablog@gmail.com


Segundo ensinam as escolas esotéricas e místicas, todos nós seres humanos, desde o momento em nascemos passamos a ter uma história individual e completa de nossas vidas ou almas, inclusive dos nossos conhecimentos adquiridos nos mundos por onde nossas almas transitaram equipadas de um corpo físico, até quando dos seus retornos à origem, que fica registrada na memória do Akasha. Esses registros a que denominam de Registros Akáshicos (Akasha é uma palavra em sânscrito que significa "céu", "espaço" ou "éter"), definição que se encontra na Wikipédia, e que segundo o hinduísmo bem as diversas correntes místicas, são um conjunto de conhecimentos armazenados misticamente no éter, que abrange tudo o que ocorre, ocorreu e ocorrerá no Universo. Trocando em miúdos, o Akasha é como um incomensurável “Banco de Dados” do Universo.


Ensinam ainda, essas escolas, que desde o momento em que nos dispomos a viver as experiências num corpo físico, seja na Terra ou em algum outro mundo habitado, até que ocorra o fenômeno chamado morte (algumas escolas preferem chamá-lo de transição), forma-se um campo de energia que tem por fim gravar todos os nossos pensamentos, palavras, ações, sentimentos ou emoções resultantes das nossas experiências. A esse campo de energia dá-se o nome de Registros Akáshicos, que são compostos pela Akasha ou substância energética da qual toda a vida está formada.


Akasha é palavra sânscrita com a qual se denomina o plano da consciência cósmica que funciona como um arquivo. Helena Petrovna Fadeef Von Blavatisky define-a como "O Akasha, a Luz Astral, pode definir-se como a Alma Universal, a Matriz do Universo, o Mysterium Magnum do qual tudo quanto existe é nascido por separação ou diferenciação. É a causa da existència; por todo espaço infinito...é o espaço". Consideram-na como sendo parte da Mente de Deus e que os budistas se referem a ela como da “Memória da Natureza”. Nesse contexto incluem-se o que os Sufis dão o nome de “Muwakkals”, e porque não dizer também dos “Memes”. O Akasha ou os Campos Morfogenéticos são os arquivos que guardam todas as informações acerca de tudo isso.


Hermes Trismegistus ensinava que o “PRINCÍPIO DO MENTALISMO”, dizendo que Universo é mental, "O TODO é MENTE”; portanto, este axioma significa que a realidade objetiva do Universo é Mente; e o mesmo Universo é Mental, isto é, existente na Mente do TODO (Deus), e que "Enquanto Tudo está n'O TODO, é também verdade que O TODO está em Tudo".


É precisamente no Novo Testamento, em Atos dos Apóstolos (17:24-28, que Paulo complementando a explicação a respeito de Deus, disse: "Porque nele (em Deus) vivemos, e nos movemos, e existimos;..."


Leonardo Boff em seu livro Espiritualidade – Um caminho de transformação (Rio de Janeiro: Sextante, 2001), ratifica esse ensinamento que se extrai da sua obra: “O universo e cada coisa se encontram em Deus. (pag.51)” “Para expressar essa mútua presença, a teologia cristã criou a expressão panenteismo. Significa: Deus está em todas as coisas e todas as coisas estão em Deus. Não é o panteísmo, onde tudo indiferentemente é Deus. Deus e o mundo guardam sua diferença. Pois um é Criador e o outro e criatura. Mas eles se interpenetram e se fazem presentes um ao outro.” (págs. 51,52) “[...] Nele nós vivemos, Nele nos movemos, Nele nós somos, como recordava São Paulo a seus interlocutores na praça pública de Atenas. (pág.52)” “[...] É o que Teilhard de Chardin, esse extraordinário místico e cientista moderno, chamava de ‘o meio divino’, le milieu divin: Nós estamos dentro de Deus.[...] (pag.52)” “[...] A matéria é sagrada. A natureza é espiritual. Por quê? Porque é templo de Deus.(pag.52). Deus está em tudos e tudo está em Deus, tudo reflete dentro de Deus. (pag.53)”. Donde concluímos que se tudo está em Deus, então nada se perde no universo.


Charles Darwin sacudiu o meio científico no século XIX, com a sua teoria da evolução das espécies. Rupert Sheldraki levantou no meio científico, acalorada polêmica no século XX, dizendo que a natureza sempre está mostrando pistas que podem indicar as respostas sobre os mistérios da criação, pois segundo as fontes que podem ser consultadas, Rupert ainda criança já havia observado um prodígio da natureza, qual seja, a de um broto saído de uma estaca de madeira que parecia morta. Esse fenômeno da vida na natureza lhe deixou tão admirado que, dali para frente começou a tentar compreender os mistérios que encerravam nos processos de morte e de regeneração.


Assim por longos anos dedicou-se as pesquisas nesse sentido, chegando a intuir que a chave para esse mistério estaria numa espécie de memória coletiva inconsciente, que transmitia de geração para geração, as formas e hábitos. A essa memória ele deu nome de “Campo Mórfico” ou “Campo Morfogenético” que seria alguma coisa como um campo eletromagnético, igual ao que existe em redor dos imãs e que exercia influencia nos organismos vivos, sendo a sua atuação comparada à dos campos magnéticos, conhecidos pela física.


Para Rupert, tanto os animais, pássaros, plantas etc. se encontram envoltos por um campo invisível portador de uma memória, tornando as leis da natureza semelhante aos hábitos em que cada animal usa essa memória coletiva dos outros animais da mesma espécie e que os mantém e transmite. Essa espécie de memória comum foi a que Carl Gustav Jung chamou de inconsciente coletivo dos seres humanos.


Os holistas costumam dizer que os campos morfogenéticos acumulam informações da memória coletiva, emanadas dos membros de cada uma das espécies. E a palavra “morfo” deriva de morphe, em grego, que significa forma. Logo os campos morfogenéticos, são campos de forma, que organizam os campos dos organismos vivos, assim como também, das moléculas e dos cristais. Cada molécula e cada proteína segundo o seu tipo, têm o seu próprio campo mórfico, por exemplo: um campo de insulina outro campo de hemoglobina e assim por diante. Portanto, existem muitos desses campos, devido à infinidade de coisas na natureza, como os átomos e moléculas de cada coisa material, os cristais, as células e os tecidos, órgãos, organismos, ecossistemas, sistemas planetários, sistemas solares, galáxias, etc.


Pois bem, ao que parece, certas informações podem ser acessadas pelos místicos, yogues, esoteristas, etc. ou mesmos algumas pessoas com certa afinidade com esses mecanismos. Desses Campos Mórficos retiram ou colhem idéias ou como se diz na psicologia: dali surgem os insights que já conduziu à pesquisas científicas. Imaginem que num passado muito distante na nossa atualidade, existiram pessoas como, por exemplo, os filósofos Leucipo de Mileto e Demócrito, que intuíram a existência do átomo, sem mesmo possuir algum instrumento como os que temos hoje — o microscópio eletrônico de tunelamento (STM), que nos possibilita desenhar um átomo, utilizando um dispositivo de varredura rápida piezoelétrica e um scanner.


Esse tipo de coisas ou assuntos, no entanto, encontram refutação no meio científico, aliás, como, por exemplo, já disse David Mills, em Atheist Universe, que relata uma entrevista concedida por uma rádio a um representante religioso, que teria dito afirmando sobre a conservação da massa-energia: “Como somos todos compostos de matéria e energia, aquele princípio científico não empresta credibilidade à crença na vida eterna?””Quando morremos, nenhum dos átomos de nosso corpo (e nenhuma energia) ser perde. Portanto, somos imortais”. Em razão dessa declaração, Mills teria replicado: “Nem eu, em minha longa experiência, tinha encontrado um pensamento positivo tão bobo.”


No entanto, um sábio cientista, Antoine-Laurent de Lavoisier disse: "Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Há quem contesta e afirma que essa frase teria sido atribuída erroneamente a ele, posto que tal enunciado remonta ao filósofo, físico, matemático e astrônomo grego Anaxágoras de Clazómenas (500 – 428 a.C), muito antes de Lavoisier: "Nada nasce nem se perde mas as coisas existentes se combinam, depois se separam novamente".