Luiz Carlos Nogueira
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Tutmés III, também chamado pela forma helenizada de Tutmósis III, foi o sexto faraó da XVIII dinastia egípcia, da época do Império Novo, que segundo os historiadores, herdou o trono ainda muito jovem, quando estaria com mais ou menos 12 anos de idade. Assim Hatshepsut, a principal esposa e meia-irmã do seu falecido pai, portanto — a rainha, tornou-se regente do reinado egípcio, durante a menoridade de Tutmés.
Com a morte de Hatshepsut, por volta do ano
22 do reinado de Tutmés III, este já estaria então com 33 anos de idade, quando
finalmente foi coroado, recebendo o nome de Menkheperré , que significa "Estável é
a manifestação de Ré".
Assim Tutmés III passou a governar sozinho, inaugurando um período de glória para o Egito e ultrapassando as suas fronteiras, notabilizando-se por suas atividades militares e como construtor.
Em suas campanhas militares, Tutmés III
expandiu o domínio egípcio até ao rio Eufrates, conforme consta
nos "Anais" de Tutmés III, que se encontra registado nas paredes do
santuário da barca em Karnak, pelo seu arquivista e escriba real Tianuni.
Tutmés III, também empreendeu uma expedição
até Mitanni depois de cruzar o rio Eufrates , estendendo suas conquistas até a
região de Napata, no Sudão, estabelecendo contatos
comerciais com reinos vizinhos.
Pelo que se deduz da informação que mandou
gravar numa estela de Karnak — “Passei
minha infância à sombra do grande templo de Amon”, é que ele teria passado
a sua juventude estudando os mistérios da vida, nas escolas que funcionavam no
templo. Conta-se que ele foi um amante da natureza, especialmente aficionado à
botânica. Gostava das artes em cerâmica e se dedicava a escrever muito, pois
que, era um literato por excelência. Os relatoso dos escribas contam que ele
gostava de estudar os textos históricos do passado e tinha grande respeito
pelos seus ancestrais e revelava-se um grande místico.
A partir do seu reinado, foi que os reis
egípcios passaram a ser conhecidos como “faraós”,
denominação egípcia traduzida do grego, que significava “per-hâa”, ou seja — “a
grande casa”, porque Tutmés III considerava que um rei terreno era somente uma
“casa”, ou seja, apenas um veículo no
qual se manifestava o Rei Celestial.
Por suas qualidades místicas e sua admirável
inteligência, Tutmés III foi conduzido aos portais iniciáticos, tendo, aos 12
anos recebido a Iniciação Régia, que ampliou-lhe os campos de conhecimento.
Assim, percebendo que a sabedoria dos mestres, seus contemporâneos, estavam espalhados
pelos quadrantes do seu reino, ele resolveu agrupar todos esses conhecimentos
numa só Ordem, já que estavam difusos, mas conservados pela diferentes Escolas
de Mistérios.
Foi assim que para abrigar seu Colégio de
Sábios, Tutmés III ordenou a construção de um edifício próximo ao templo de
Karnak, existente ainda nos dias atuais, denominado de “Akn-Ménou” (o que significa “monumento” ou “fundação”), para dar a
idéia de estabilidade e duração. “Akh”
pode ter o significado, no plural “Akhou”
de “coisas ocultas” ou “Mistérios”, portanto, “Akh-Ménou” é o “Monumento destinado aos Mistérios”. Daí esse templo só poderia ter
sido destinado a servi de sede para a GRANDE
FRANTERNIDADE BRANCA.
O símbolo abaixo foi escolhido por Tutmés III
(Selo de Tutmés II), para representar a Grande Fraternidade Branca. O círculo
representava O Círculo dos Iniciados, e ponto dentro do círculo, o Centro
Divino do qual emanou toda a criação (RA, o Sol). A coroa (MEN, a Realeza), o
Escaravelho ou Kheper, que no Egito Antigo, eram considerados seres sagrados, usados como amuletos relacionados com a vida após a morte e a ressurreição. Também eram muito usados nas mumificações para proteger o
morto no caminho para o além.
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