quinta-feira, 26 de julho de 2012

UMA PARTE DA VERDADEIRA HISTÓRIA DE MOISÉS?








Luiz Carlos Nogueira










Segundo alguns, o Livro de Jasher, considerado apócrifo e que por isso teria sido retirado da Bíblia Sagrada. As evidências que apontam para isso, estão em Josué, 10:13, faz-se uma referência a Jasher, ao dizer: E o sol se deteve, e a lua parou, até que o povo se vingou de seus inimigos. Não está isto escrito no livro de Jasar? O sol, pois, se deteve no meio do céu, e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro”. E em 2º Samuel, I:18, o mesmo livro é novamente citado: mandando que fosse ensinada aos filhos de Judá; eis que está escrita no livro de Jasar:” (Bíblia traduzida por João Ferreira de Almeida). Portanto, as evidências indicam que Jasher teria existido; ao que parece era mais velho que Josué, de sorte que era considerado uma autoridade.

Pois bem, o Livro de Jasher teria sido traduzido do hebraico para o inglês, por Flaccus Aibino Alcuíno, da Bretanha, Abade de Cantuária, tendo sido publicado pela primeira vez no Condado de Bristol, na Inglaterra, em 1.751.

Verdadeiro ou não, o Livro de Jasher, seu capítulo V, relata que: Miriam, irmã de Moisés (ambos, filhos de Amran e Jorebed, ou ainda, Anrão e Joquebede), que era mais velha do que ele 15 anos, mesmo assim, embora jovem, tinha muita perspicácia, e tendo tomado conhecimento de que o Faraó, temendo uma revolta dos israelitas que se multiplicavam enormemente, determinou a matança de todos os bebês hebreus ao nascerem; sabendo da bondade da filha do Faraó, sugeriu aos seus pais para que ela levasse seu irmãozinho Moisés para que a princesa o visse, quando estivesse passeando à beira do Rio Nilo, como fazia todas as manhãs. Assim quando estivesse à vista da princesa, simularia o ato de que iria afogar o neném que era muito bonito, de tal sorte que se a princesa visse o que estava acontecendo, poderia lhe perguntar o iria fazer com o pequenino. Então Miriam lhe responderia que iria matá-lo afogado, porque se tratava de um recém nascido dos filhos de Jacó, porque conforme o decreto do Faraó, pai da princesa, segundo o relato de Jasher V:11:“Teu pai ordenou que este infante seja morto; sim, que todos os meninos hebreus também sejam mortos assim que nasçam.”.

Não obstante Jorebed, mãe de Miriam e Moisés, tivesse se mostrado alarmada e temerosa, Miriam lhe convenceu que, de uma forma ou outra o neném pereceria, ou seja, pelas mãos dos assassinos mandados pelo Faraó, porque não haveria como e nem onde escondê-lo para sempre, sem que acabasse sendo descoberto. Assim, Miriam arrebatou Moisés dos braços da mãe, quase à força, e pôs-se a caminhar às margens do rio, seguida pelos pais Amram e Jorebed, até que avistou a princesa e colocou-se sob a sombra de uma árvore, afagando, beijando, chorando copiosamente e falando para o irmãozinho como se estivesse despedindo dele para sempre. E enquanto a princesa se aproximava para entender o que estava se passando, Miriam começou a enfaixar o neném, dando a perceber que desse modo seria melhor para jogá-lo nas águas. Assim a princesa e suas damas logo entenderam que Miriam iria jogar o menino no rio.

Ato contínuo, a princesa teria chamado Miriam, perguntando-lhe o que iria fazer com o neném. Assim, como havia planejado Miriam lhe respondeu. Estupefata, a princesa a princípio não acreditando que o seu pai teria mesmo dado tal ordem, pediu-lhe que lhe desse a criança, o que Miriam prontamente obedeceu, pois seu plano começava a funcionar.

Então a princesa, em seguida pede que fosse providenciada uma ama de leite para amamentar Moisés. Sem perder tempo, Miriam providenciou para que a própria mãe (Jorebed) se apresentasse, ao que a princesa teria dito “[...] Este será meu filho” (Jasher V:12). E deu-lhe o nome de Moisés porque segundo os Judeus, o nome de Moisés, de origem hebraica Móshe (מֹשֶׁה) está associado ao verbo mashah, que significa “tirar”, ou seja, etimologicamente corresponde na língua judaica popular a “retirado”, que no caso significa “retirado das águas”, ou, “salvo das águas”, como também está no Livro II, capitulo 9, parágrafo 6º, de “Antiguidades Judaicas” de Flávio Josefo. Segundo algumas fontes, Moisés foi amamentado por 12 anos pela sua própria mãe.

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