quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O Império Inca


                                 Incas - Um império que tocava os limites dos céus








Luiz Carlos Nogueira









Uma das civilizações mais admiráveis, nasceu na América do Sul e teria sido fundada em 1021 por Manco Capac e sua irmã Mama Coya Ocllo, que segundo Inca Garcilaso de la Vega  ela teria sido filha do deus-sol Inti e de Mama Quilla; já em outra lenda, conta-se que teria sido filha de Viracocha e Mama Cocha. Entretanto, se dermos crédito para La Vega, a irmã de Manco era também a sua esposa.


Pelas informações colhidas na Wikipédia, o nome de  Mama Ocllo no idioma quechua oficial (todos o incas falavam esse idioma), é escrito como Mama Uqllu. E que há, ainda, algumas transliterações alternativas: Mama Ocllo, Mama Ogllo (nos dialetos do norte do Peru, a letra que representa a uvular fricativa sonora ([c]), é semelhante à oclusiva velar sonora ([g]) para os falantes de espanhol). Infelizmente, devido a más traduções ou vista ruim,também se criaram as seguintes formas: Mama Oello, Mama Oella, Mama Oullo e Mama Occlo.


Na mitologia inca, conta-se que o sol enviou o seu filho Manco Capac e Mama Coya Ocllo (filha da lua), para uma terra escura ou de sombras onde reinava o caos. E ambos saíram do lago Titicaca, procurando um lugar onde implantariam o seu reinado. Então seguiram ao noroeste até o vale do rio Huatanay. Ao chegarem lá, Manco Capac revolveu a terra com o seu cajado, verificando tratar-se de um solo muito fértil, para o qual dera o nome de Cuzco, que na linguagem inca significa umbigo do mundo. Assim, criou-se uma cidade que se tornou o centro do poder que passou a governa-la e expandir os domínios, implantando a religião inca, desenvolvendo a cultura do seu povo, construindo estradas  (18.000 km), num trabalho sobre-humano, que desafiava os terrenos por demais acidentados, com as quais ligou a capital Cuzco, por assim dizer, com os demais povoados que se estendiam do centro do Equador até ao  sul, onde hoje nós conhecemos como Chile. Depois, da costa do Oceano Pacífico até aos Andes.


Para melhor entendermos a extensão desse império, diremos que ele ocupava o norte da Argentina atual, a metade o Chile, o sul da Colômbia, um grande pedaço da Bolívia, do Equador e do Peru. (figura 1)


                                                               Figura (1) - mapa


E o período de maior explendor do império inca teria sido entre 1435 a 1471, já durante o reinado de Pachacutec (2), ou seja, no século XV, até que em agosto de 1533, o conquistador espanhol Francisco Pizarro desembarcou no território dos incas com 180 soldados bem treinados nas ações de guerra e fortemente armados (com armas de fogo), tendo cavalos e víveres, tomaram de assalto a capital Cuzco, tendo exterminado muitas vidas e pondo em fuga o exército inca, conseguindo, dessa forma, submeter todos os habitantes ao seu jugo.


(2) Pachacutec, o rei de Cuzco (o nome significa -Aquele que refaz o mundo)


Mas o que se sabe do governo e administração inca, é que se impunha severa disciplina que era aplicada pelos agentes do imperador, denominados de “Sapa Inca”, pois se acreditava necessária para um império em franca expansão, que não cessava de cruzar fronteiras e de anexar outros territórios com populações muito diferentes em costumes e em  muitos outros sentidos.


O povo inca submetia-se ao poder único do imperador que se mantinha extremamente afastado, sem conceder acesso aos seus súditos, somente podendo ser visto em algumas raras vezes, quando se apresentava ricamente adornado e com exageradas pompas. Por conta disso, o povo, sem unidade racial, sem o sentimento de sangue e nacionalidade, mantinha-se passivo ante o domínio e da opressão, sempre se colocando às suas incontestáveis ordens, para atender aos caprichos do imperador e de sua esposa-irmã, a quem chamavam de “Coya”.


O luxo era ostentado por toda a família real, cuja espiritualidade era quase nenhuma ou a que tinham, era muito primitiva, o que não podia ser diferente, pouco diferindo dos súditos, tendendo, ao que parece, mais para o animismo, porquanto acreditavam que todas as coisas e todo ser tinham alma.  Há até quem diga que os incas praticavam sacrifícios humanos, pois havia um local de sacrifícios aos deuses, como retrata a figura (3). O rito da confissão precedia ao perdão que só era concedido pelo ofício do Grande Sacerdote, em seu parecer, de conformidade com as regras estabelecidas, que só o castigo corporal servia para isso.


Dizem alguns pesquisadores, que as vítimas do sacrifício eram escolhidas, quando não entre as “virgens do sol”, eram entre os prisioneiros de guerra. Há outros que dizem que também as pessoas do povo se apresentavam como voluntárias, porque acreditavam que suas almas seriam abençoadas e levadas para uma vida de deleites eternos no “Mundo das Estrelas”.


    (3) Local dos sacrifícios aos deuses.


O Deus Supremo dos incas era “Inti”, o Sol, representado por um disco de ouro, a quem as “Virgens do Sol” prestavam culto e tinham que venerar ininterruptamente. Além disso, havia “Quilla”, a Lua, representada por um disco de prata, que era tida como esposa do Sol, que por isso também tinha que ser venerada.


Desse casal divino, dependiam todos os demais deuses do panteão Inca, considerados secundários tais como “Viracocha”, o deus do céu, “Pachamana”, o deus da Terra e “Illapa”, o deus da chuva.


Havia um Grande Sacerdote que exercia seu poder pontifício sobre o clero. Essa figura sacerdotal devia ser, ou um irmão ou um tio do imperador, e, era ele quem nomeava seus membros da hierarquia mais elevada, que por sua vez nomeava seus auxiliares, vamos dizer assim -- eclesiásticos. Era o Grande Sacerdote que dirigia as cerimônias consideradas de maior importância, que eram realizadas no templo de Machu Picchu, considerado o lugar  mais sagrado pelos incas.


Não obstante a sua tecnologia de construção, para os pesquisadores não há evidências de que esse povo conhecia a roda. As suas casas eram construídas com blocos de pedras, sem argamassa. (figs. 4 e 5)





   (4) As casas eram construídas com blocos de pedras, sem argamassa.



    (5) As pedras eram recortadas com exatidão para serem encaixadas


Como se pode ver, a arquitetura inca visava a solidez capaz de resistir aos terremotos que sempre assolou aquela região. É de se notar que as portas das edificações têm a forma trapezoidal (fig,6 e 7), e o abastecimento de água se fazia por meio de regos recortados nas pedras (8), sendo que a água fluía por gravidade



(6) – Porta – forma trapezoidal




(7) Porta – forma trapezoidal



(8) Canal recortado nas pedras, por onde a água subia por gravidade para abastecer os cômodos



A seguir, temos algumas amostras das construções Incas:


                                                    (9) Entrada para o Templo de Condor


                                                    (10) Relógio Solar nos espelhos d´água


                                                     (11) Relógio Solar


                                                    (12) Uma outra amostra das contruções Incas


                                          (13) Muros e casas

                                                    (14) Templo para orar


                                                   (15) Templo para orar



                                                   (16) Quarto do Rei - Só ele tinha janelas e bem no alto



Ainda no presente século, não temos uma resposta definitiva para a indagação de como os incas aprenderam a arte da construção. Na Wikipédia encontramos a seguinte informação sem nenhuma confirmação científica:



Teoria dos astronautas antigos é um termo usado para descrever a crença de que criaturas extraterrestres inteligentes visitaram a Terra e as civilizações do passado distante e que tal contato está relacionado com a origem ou desenvolvimento da cultura humana. Esta teoria foi popularizada por autores como Erich von Däniken e Zecharia Sitchin. Muitas das provas apresentadas pelos defensores desta teoria são artefatos arqueológicos interpretados de acordo com a mesma. A teoria é frequentemente embasada na falta de explicações definitivas pelos cientistas para certos artefatos antigos. Pode ser considerada uma variação da teoria do paleocontato, hipótese em que extraterrestres inteligentes visitaram a Terra. Carl Sagan, I. S. Shklovskii e Hermann Oberth foram alguns dos cientistas de renome que consideraram seriamente esta possibilidade.”


“As origens de muitas religiões podem ser interpretadas como reações a encontros de humanos primitivos com alguma raça extraterrestre. De acordo com sua perspectiva, os humanos teriam considerado a tecnologia dos extraterrestres como sendo sobrenatural e os próprios como sendo deuses. Von Däniken observa que as tradições orais e escritas da maioria das religiões contêm referências a visitantes extraterrestres através da descrição de estrelas e objetos veiculares viajando por ar e espaço. O autor defende que estas devem ser vistas como descrições literais de testemunhas oculares que se alteraram com a passagem do tempo até se tornarem mais obscuras, ao invés de ficção mítica ou simbólica. Um exemplo é a revelação de Ezequiel no Velho Testamento, que Däniken interpreta como sendo a descrição detalhada do uma espaçonave pousando.”


Fotos de Cristiane Barreto Nogueira Rizkallah

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