Incas - Um império que tocava os limites dos céus
Luiz Carlos Nogueira
Uma das civilizações mais admiráveis,
nasceu na América do Sul e teria sido fundada em 1021 por Manco Capac e sua
irmã Mama Coya Ocllo,
que segundo Inca Garcilaso
de la Vega ela teria sido filha
do deus-sol Inti e de Mama
Quilla; já em outra lenda, conta-se
que teria sido filha de Viracocha e Mama
Cocha. Entretanto, se dermos crédito
para La Vega, a
irmã de Manco era também a sua esposa.
Pelas informações colhidas na
Wikipédia, o nome de Mama Ocllo no idioma quechua oficial (todos o incas falavam esse
idioma), é escrito como Mama
Uqllu. E que há, ainda, algumas transliterações alternativas: Mama Ocllo,
Mama Ogllo (nos dialetos do norte do Peru, a letra que representa a uvular
fricativa sonora ([c]), é semelhante à oclusiva velar sonora ([g]) para os
falantes de espanhol). Infelizmente, devido a más traduções ou vista
ruim,também se criaram as seguintes formas: Mama Oello, Mama Oella, Mama Oullo
e Mama Occlo.
Na mitologia
inca, conta-se que o sol enviou o seu filho Manco Capac e Mama Coya Ocllo
(filha da lua), para uma terra escura ou de sombras onde reinava o caos. E
ambos saíram do lago Titicaca, procurando um lugar onde implantariam o seu
reinado. Então seguiram ao noroeste até o vale do rio Huatanay. Ao chegarem lá,
Manco Capac revolveu a terra com o seu cajado, verificando tratar-se de um solo
muito fértil, para o qual dera o nome de Cuzco, que na linguagem inca significa
umbigo do mundo. Assim, criou-se uma cidade que se tornou o centro do poder que
passou a governa-la e expandir os domínios, implantando a religião inca,
desenvolvendo a cultura do seu povo, construindo estradas (18.000 km), num trabalho sobre-humano, que
desafiava os terrenos por demais acidentados, com as quais ligou a capital
Cuzco, por assim dizer, com os demais povoados que se estendiam do centro do
Equador até ao sul, onde hoje nós
conhecemos como Chile. Depois, da costa do Oceano Pacífico até aos Andes.
Para melhor
entendermos a extensão desse império, diremos que ele ocupava o norte da
Argentina atual, a metade o Chile, o sul da Colômbia, um grande pedaço da
Bolívia, do Equador e do Peru. (figura 1)
Figura (1) - mapa
E o período de
maior explendor do império inca teria sido entre 1435 a 1471, já durante o
reinado de Pachacutec (2), ou seja, no século XV, até que em agosto de 1533, o
conquistador espanhol Francisco Pizarro desembarcou no território dos incas com
180 soldados bem treinados nas ações de guerra e fortemente armados (com armas
de fogo), tendo cavalos e víveres, tomaram de assalto a capital Cuzco, tendo
exterminado muitas vidas e pondo em fuga o exército inca, conseguindo, dessa forma,
submeter todos os habitantes ao seu jugo.
(2) Pachacutec,
o rei de Cuzco (o nome significa -Aquele que refaz o mundo)
Mas o que se
sabe do governo e administração inca, é que se impunha severa disciplina que
era aplicada pelos agentes do imperador, denominados de “Sapa Inca”, pois se
acreditava necessária para um império em franca expansão, que não cessava de
cruzar fronteiras e de anexar outros territórios com populações muito
diferentes em costumes e em muitos
outros sentidos.
O povo inca
submetia-se ao poder único do imperador que se mantinha extremamente afastado, sem
conceder acesso aos seus súditos, somente podendo ser visto em algumas raras
vezes, quando se apresentava ricamente adornado e com exageradas pompas. Por
conta disso, o povo, sem unidade racial, sem o sentimento de sangue e
nacionalidade, mantinha-se passivo ante o domínio e da opressão, sempre se
colocando às suas incontestáveis ordens, para atender aos caprichos do
imperador e de sua esposa-irmã, a quem chamavam de “Coya”.
O
luxo era ostentado por toda a família real, cuja espiritualidade era quase
nenhuma ou a que tinham, era muito primitiva, o que não podia ser diferente, pouco
diferindo dos súditos, tendendo, ao que parece, mais para o animismo, porquanto
acreditavam que todas as coisas e todo ser tinham alma. Há até quem diga que os incas praticavam sacrifícios
humanos, pois havia um local de sacrifícios aos deuses, como retrata a figura (3).
O rito da confissão precedia ao perdão que só era concedido pelo ofício do
Grande Sacerdote, em seu parecer, de conformidade com as regras estabelecidas,
que só o castigo corporal servia para isso.
Dizem
alguns pesquisadores, que as vítimas do sacrifício eram escolhidas, quando não
entre as “virgens do sol”, eram entre os prisioneiros de guerra. Há outros que
dizem que também as pessoas do povo se apresentavam como voluntárias, porque
acreditavam que suas almas seriam abençoadas e levadas para uma vida de
deleites eternos no “Mundo das Estrelas”.
(3) Local dos sacrifícios aos deuses.
O
Deus Supremo dos incas era “Inti”, o Sol, representado por um disco de ouro, a
quem as “Virgens do Sol” prestavam culto e tinham que venerar
ininterruptamente. Além disso, havia “Quilla”, a Lua, representada por um disco
de prata, que era tida como esposa do Sol, que por isso também tinha que ser
venerada.
Desse
casal divino, dependiam todos os demais deuses do panteão Inca, considerados
secundários tais como “Viracocha”, o deus do céu, “Pachamana”, o deus da Terra
e “Illapa”, o deus da chuva.
Havia
um Grande Sacerdote que exercia seu poder pontifício sobre o clero. Essa figura
sacerdotal devia ser, ou um irmão ou um tio do imperador, e, era ele quem
nomeava seus membros da hierarquia mais elevada, que por sua vez nomeava seus
auxiliares, vamos dizer assim -- eclesiásticos. Era o Grande Sacerdote que
dirigia as cerimônias consideradas de maior importância, que eram realizadas no
templo de Machu Picchu, considerado o lugar
mais sagrado pelos incas.
Não obstante a sua tecnologia de
construção, para os pesquisadores não há evidências de que esse povo conhecia a
roda. As suas casas eram construídas com blocos de pedras, sem argamassa.
(figs. 4 e 5)
(4) As casas eram construídas com
blocos de pedras, sem argamassa.
(5) As pedras eram recortadas com
exatidão para serem encaixadas
Como se pode ver, a arquitetura
inca visava a solidez capaz de resistir aos terremotos que sempre assolou
aquela região. É de se notar que as portas das edificações têm a forma
trapezoidal (fig,6 e 7), e o abastecimento de água se fazia por meio de regos
recortados nas pedras (8), sendo que a água fluía por gravidade
(6) – Porta – forma trapezoidal
(7) Porta – forma trapezoidal
(8) Canal recortado nas pedras,
por onde a água subia por gravidade para abastecer os cômodos
A seguir, temos algumas amostras
das construções Incas:
(9) Entrada para o Templo de Condor
(11) Relógio Solar
(12) Uma outra amostra das contruções Incas
(13) Muros e casas
(14) Templo para orar
(15) Templo para orar
(16) Quarto do Rei - Só ele tinha janelas e bem no alto
Ainda no presente século, não
temos uma resposta definitiva para a indagação de como os incas aprenderam a
arte da construção. Na Wikipédia encontramos a seguinte informação sem nenhuma confirmação científica:
“Teoria
dos astronautas antigos é um
termo usado para descrever a crença de que criaturas extraterrestres
inteligentes visitaram a Terra e as civilizações do passado distante e que tal contato
está relacionado com a origem ou desenvolvimento da cultura humana. Esta teoria
foi popularizada por autores como Erich von Däniken e Zecharia
Sitchin. Muitas das provas apresentadas pelos defensores desta teoria são
artefatos arqueológicos interpretados de acordo com a mesma. A teoria é
frequentemente embasada na falta de explicações definitivas pelos cientistas
para certos artefatos antigos. Pode ser considerada uma variação da teoria
do paleocontato, hipótese em que extraterrestres inteligentes visitaram a
Terra. Carl
Sagan, I. S. Shklovskii e Hermann
Oberth foram alguns dos cientistas de renome que consideraram seriamente
esta possibilidade.”
“As origens de muitas religiões podem ser interpretadas como reações a
encontros de humanos primitivos com alguma raça extraterrestre. De acordo com
sua perspectiva, os humanos teriam considerado a tecnologia dos extraterrestres
como sendo sobrenatural e os próprios como sendo deuses. Von Däniken
observa que as tradições orais e escritas da maioria das religiões contêm
referências a visitantes extraterrestres através da descrição de estrelas e
objetos veiculares viajando por ar e espaço. O autor defende que estas devem
ser vistas como descrições literais de testemunhas oculares que se alteraram
com a passagem do tempo até se tornarem mais obscuras, ao invés de ficção
mítica ou simbólica. Um exemplo é a revelação de Ezequiel no Velho
Testamento, que Däniken interpreta como sendo a descrição detalhada do uma
espaçonave pousando.”
Fotos de Cristiane Barreto Nogueira Rizkallah
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