Luiz Carlos Nogueira
A degenerescência moral é um fato
que atormenta o Homem, desde as eras muito longínquas, ou seja, desde quando o
Homem começou a perceber-se como tal, vivia nas cavernas e brigava pela posse
do fogo. Portanto, não é um fato que se atribua à modernidade.
É bem verdade que essa
degenerescência recrudesceu na nossa era atual, aliás, há os que dizem que isso
começou a acontecer após a 2ª Guerra Mundial, com será visto a seguir.
Não sou Gnóstico nem discípulo de
Samael Aun Weor, mas também não farei julgamento das suas palavras ácidas,
apenas faço a constatação de que soam como uma sentença para essa enfermidade
que assola o globo terrestre, conforme trechos extraídos do seu livro “A Noite
dos Séculos” (Editora Gnose, 2ª edição, Porto Alegre, RS, 1988)[1],
os quais trago ao conhecimento do leitor que fará sua reflexão:
[...]
“Depois da segunda guerra mundial, caiu sobre a humanidade inteira a
epidemia moral dos chamados rebeldes sem causa. Esses rapazinhos da nova
onda, sem Deus e sem lei, andam em conluios por todos os cantos. Eles
matam, ferem, violam, embriagam-se, etc. e nenhum governo consegue controlá-los.
O mais grave dos chamados rebeldes sem causa é o seu estado de absoluta
irresponsabilidade moral. Quando conduzidos perante os tribunais, nunca sabem
porque feriram, porque mataram, e o que é pior: nem lhes interessa saber.”
(pág.16)
“O sublime mundo artístico chegou ao máximo da degeneração. O templo da
arte converteu-se num bordel, num prostíbulo, onde os homossexuais, os
toxicômanos, os alcoólatras, as meretrizes, ladrões e assassinos buscar
refúgio. É tão grave a corrupção humana que já fez do homicídio uma arte e para
o cúmulo dos cúmulos existe atualmente clubes de assassinos e abundante
literatura sobre a arte do assassinato. Todos os setores da arte atual acusam
luxúria, drogas, alcoolismo, homossexualismo, sangue, horror...Os autores clássicos
são olhados com o mais infinito desprezo. Tocar Beethoven ou Mozart numa festa
moderna significa retirada geral dos convidados. Por outro lado, os quatro
palhaços blasfemos da música degenerada da Inglaterra são condecorados pela
rainha do império e as multidões imbecis beijam até o chão onde eles pisam.”
(pag.16)
“Por todas as partes abundam os assassinatos, os roubos, infanticídios,
matricídios, parricídios, uxoricídios, assaltos, violações, genocídios, ódios,
prostituição, vinganças, feitiçarias, comércio de almas e comércio de corpos,
cobiça, violência, inveja, orgulho, soberba, gula, preguiça, calúnias, etc....”
[...](págs.16-17)
“Existe também em nosso interessantíssimo mundo certo grupo de pessoas
com tendência crescente à degeneração. São pessoas que marcham resolutamente
pelo caminho espiral descendentes: bêbados, suicidas, homossexuais,
prostitutas, toxicômanos, assassinos, ladrões, etc. Esse tipo de gente repete
de forma mais e mais descendente, em cada vida, os mesmos delitos até que no
fim entram nos mundos infernais.” (pág.59)
“Em aparente e brilhante contraste com esse tipo de via de descenso ou
fracasso, mas numa posição igualmente abominável, encontram-se os cavalheiros
do alto mundo, os grandes triunfadores que adoram a Grande Rameira. São eles os
milionários e os multimilionários, os cientistas perversos que inventam armas
destruidoras, os tenebrosos sequazes da dialética materialista que tiram da
humanidade os valores eternos, os fanáticos por esporte, os grandes
competidores, os boxeadores, os vaidosos quebradores de recordes, os cômicos
que jogam com o monstro das mil caras, as famosas estrelas de cinema que
justificam os seus adultérios com inumeráveis divórcios e casamentos, os
artistas degenerados da nova onda, pintores, dançarinas de rock, do
twist, do mambo, os fundadores de seitas prejudiciais, os escritores de livros
pornográficos, os céticos de todo tipo, etc.” (pág.59)
“O tipo triunfador está hipnotizado pelo êxito e é este precisamente o
seu maior perigo. Tais pessoas ignoram que estão baixando pela espiral
descendente e entrando nos mundos infernais embriagados de triunfo. O tipo
triunfador sabe exatamente o que tem de fazer cada vez que retorna a este
cenário do mundo e repete sempre as suas mesmas aventuras.” (pag.59)[...]
Eu particularmente penso que tudo
isso pode ter causa na quase ausência da educação (tanto do lar quanto das
escolas) e nas leis penais que vêm sendo hipocritamente adotadas e ministradas
com frouxidão, além das baixarias apresentadas nos meios de comunicação,
especialmente nas TVs que fazem as pessoas com mentes apoucadas, darem belas
gargalhadas como se tudo fosse absolutamente sadio. Assim é que são forjadas as
mentes abortistas e libertinas. Os mendicantes de votos que defendem a
descriminalização e a liberação das drogas. Para eles, dirigir drogado e doidão
— pode. Mas ai daquele que porventura tiver ingerido algum remédio com algum
teor alcoólico e for pego dirigindo veículo automotor, numa blitz.
Somam-se a isso os maus exemplos
dos homens públicos, que nunca recebem um corretivo a altura dos crimes que
praticam. E quando recebem, são condenações risíveis que nem nos teatros
acontecem. Neles sempre o feiticeiro ou a bruxa má sofrem as penalidades que
bem mereceram conforme o enredo. Mas tudo também não passa de encenação e do
“faz de conta”, como também nos cinemas, em que sempre o “mocinho” ou a
“mocinha” vencem o mal.
Todas essas mazelas parecem que
estão sendo orquestradas, sob uma só batuta, para um des-concerto no mundo
todo.
Para os mais afoitos que abraçam
a teoria da conspiração, tudo isso é verdadeiro e não parece ser uma urdidura
que teria sido adotada por Adolf
Hitler, com a intenção de provocar ódio contra os judeus. Portanto, tudo isso
que estamos tratando, parece ter sido programado para acontecer e que está contido
no famoso livro “Os
Protocolos dos Sábios de Sião”[2],
que teria sido escrito por Friedrich
Herrmann Ottomar Goedsche, sob o pseudônimo de Sir John Retcliffe.
As ideias lançadas nos
famigerados Protocolos, percorrem os caminhos tortuosos das paixões, dos
vícios, etc. enfim — da amoralidade psicopática. E isso pode ser constatado
pelos trechos extraídos dos referidos Protocolos. Eis alguns trechos para a
avaliação do leitor:
[...]
“A política nada tem de comum com a moral. O governo que se deixa guiar
pela moral não é político, e portanto, seu poder é frágil. Aquele que quer
reinar deve recorrer à astúcia e à hipocrisia. As grandes qualidades populares
- franqueza e honestidade - são vícios na política, porque derrubam mais os
reis dos tronos do que o mais poderoso inimigo. Essas qualidades devem ser os
atributos dos reinos cristãos e não nos devemos deixar absolutamente guiar por
elas.”
“Nosso fim é possuir a força. A palavra "direito" é uma ideia
abstrata que nada justifica. Essa palavra significa simplesmente isto:
"Dai-me o que eu quero, a fim de que eu possa provar que sou mais forte do
que vós". Onde começa o direito, onde acaba?”
“Num Estado em que o poder está mal organizado, em que as leis e o
governo se tornam impessoais por causa dos inúmeros direitos que o liberalismo
criou, veio um novo direito, o de me lançar, de acordo com a lei do mais forte,
contra todas as regras e ordens estabelecidas, derrubando-as; o de por a mão
nas leis, remodelando as instituições e tornando-me senhor daqueles que
abandonaram os direitos que lhes dava a sua força, renunciando a eles
voluntariamente, liberalmente...” (págs. 11-12)[...]
[...] “O resultado justifica os meios.” (pág.12)
[...]
“Temos diante de nós um plano, no qual está exposto estrategicamente a
linha de que não nos podemos afastar sem correr o risco de ver destruído o
trabalho de muitos séculos.”(Pág.12)
“Para achar os meios que levam a esse fim, é preciso ter em conta a
covardia, a instabilidade, a inconstância da multidão, sua incapacidade em
compreender e discernir as condições de sua própria vida e de sua prosperidade.
É necessário compreender que a força da multidão é cega, insensata, sem
raciocínio, indo para a direita ou para a esquerda. Um cego não pode guiar
outro cego sem levá-lo ao precipício ; do mesmo modo, os membros da multidão,
saídos do povo,- embora dotados de espírito genial, por nada entenderem de
política não podem pretender guiá-la sem perder a nação.”(Págs.12-13)
“Somente um indivíduo preparado desde a meninice para a autocracia é
capaz de conhecer a linguagem e a realidade políticas. Um povo entregue a si
próprio, isto é, aos ambiciosos do seu meio, arruina-se na discórdia dos
partidos, excitados pela sede do poder, e nas desordens resultantes dessa
discórdia. É possível às massas populares raciocinar tranquilamente, sem
rivalidades intestinas, dirigir os negócios de um país que não podem ser
confundidos com os interesses pessoais? Poderão defender-se dos inimigos
externos? É impossível. Um plano, dividido por tantas cabeças quantas há na
multidão, perde sua unidade, tornando-se ininteligível e irrealizável.”(pág.13)
“Somente um autocrata pode elaborar planos vastos e claros, pondo cada
cousa em seu lugar no mecanismo da estrutura governamental. Concluamos, pois,
que um governo útil ao país e capaz de atingir o fim a que se propõe, deve ser
entregue às mãos dum só indivíduo responsável. Sem o despotismo absoluto, a
civilização não pode existir ; ela não é obra das massas, mas de seu guia, seja
qual for. A multidão é um bárbaro que mostra sua barbárie em todas as
ocasiões. Logo que a multidão se apodera
da liberdade, transforma-a em anarquia, que é o mais alto grau de barbárie.”(pág.13)
[...]
“Para tomar conta da opinião pública, é preciso torná-la perplexa,
exprimindo de diversos lados e tanto tempo tantas opiniões contraditórias que
os cristãos acabarão perdidos no seu labirinto e convencidos de que, em
política, o melhor é não ter opinião. São questões que a sociedade não deve
conhecer. Só deve conhecê-las quem a dirige. Eis o primeiro segredo.” (pág.42)
“O segundo, necessário para governar com êxito, consiste em multiplicar
de tal modo os defeitos do povo, os hábitos, as paixões, as regras de viver em
comum que ninguém possa deslindar esse caos e que os homens acabem por não se
entenderem mais aos outros. Essa tática terá ainda como efeito lançar a
discórdia em todos os partidos, desunindo todas as forças coletivas que ainda
não queiram submeter-se a nós; ela desanimará qualquer iniciativa, mesmo
genial, e será mais poderosa do que os milhões de homens nos quais semeamos
divergências. Precisamos dirigir a educação das sociedades cristãs de modo tal
que suas mãos se abatam numa impotência desesperada diante de cada questão que
exija iniciativa.”(págs.42-43)
“[...].As massas consentirão em ficar inativas, a repousar de sua
pretensa atividade política, (a que nós mesmos as habituamos, a fim de lutar
por seu intermédio contra os governos dos cristãos), com a condição de ter
novas ocupações; nós lhe inculcaremos mais ou menos a mesma direção política. A
fim de que nada consigam pela reflexão, nós as desviaremos pelos jogos, pelas
diversões, pelas paixões, pelas casas do povo...Em breve, proporemos pela
imprensa concursos de arte, de esporte, de toda a espécie: esses interesses
alongarão definitivamente os espíritos das questões em que teríamos de lutar
com eles. Desabituando-se os homens cada vez mais de pensar por si, acabarão
por falar unanimemente de nossas ideias, porque seremos os únicos que
proporemos novos rumos ao pensamento...por intermédio de pessoas que se não
suspeite sejam solidárias conosco.” (pag.90)
Como podem ver, não é difícil
encontrarmos pessoas que santamente acreditam que os Protocolos não constituem
uma farsa, por conta de tudo o que está acontecendo na sociedade humana moderna,
já que aparentemente são coisas fomentadas por aqueles supostos “sábios”, que
se fossem tão sábios assim, os seus protocolos jamais teriam saído do seu
circulo secreto.
Sim, porque o que os Protocolos seriam
um plano de ação arquitetado por aqueles sábios judeus, que usariam segundo
eles, inclusive a Maçonaria, para incitar o ódio entre as classes sociais, promover
o liberalismo (que atualmente bem poderia ser o neoliberalismo econômico),
destinado a minar os valores tradicionais, desacreditando as instituições dos
países, provocando, inclusive, as guerras.
Tal plano de ação visaria levar
as nações primeiramente ao socialismo, e depois, ao comunismo que mataria os
estados, para depois, então, criarem um governo mundial, argumentando que a
ordem sai do caos.
Mas finalmente, o que mais chama
a atenção nos Protocolos, é o que está escrito na sua página 11:
[...]
“A política nada tem de comum com a moral. O governo que se deixa guiar
pela moral não é político, e portanto, seu poder é frágil. Aquele que quer
reinar deve recorrer à astúcia e à hipocrisia. As grandes qualidades populares
- franqueza e honestidade - são vícios na política, porque derrubam mais os
reis dos tronos do que o mais poderoso inimigo. Essas qualidades devem ser os
atributos dos reinos cristãos e não nos devemos deixar absolutamente guiar por
elas.”
“Nosso fim é possuir a força. A
palavra "direito" é uma ideia abstrata que nada justifica.[...]”
Daí, a razão das pessoas menos
esclarecidas se espantarem diante dessas afirmações, que como uma profecia, se
encaixam muito bem e infelizmente, nessas mazelas todas que assumem aos olhos
dessas mesmas pessoas, feições apocalípticas.
EXCELENTE TRABALHO. VALEU... NOTA DEZ MESMO! TFA
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