sexta-feira, 8 de março de 2013

A DEGENERESCÊNCIA MORAL DO HOMEM É UM FATO NOVO?











Luiz Carlos Nogueira












A degenerescência moral é um fato que atormenta o Homem, desde as eras muito longínquas, ou seja, desde quando o Homem começou a perceber-se como tal, vivia nas cavernas e brigava pela posse do fogo. Portanto, não é um fato que se atribua à modernidade.

É bem verdade que essa degenerescência recrudesceu na nossa era atual, aliás, há os que dizem que isso começou a acontecer após a 2ª Guerra Mundial, com será visto a seguir.

Não sou Gnóstico nem discípulo de Samael Aun Weor, mas também não farei julgamento das suas palavras ácidas, apenas faço a constatação de que soam como uma sentença para essa enfermidade que assola o globo terrestre, conforme trechos extraídos do seu livro “A Noite dos Séculos” (Editora Gnose, 2ª edição, Porto Alegre, RS, 1988)[1], os quais trago ao conhecimento do leitor que fará sua reflexão:

[...]

“Depois da segunda guerra mundial, caiu sobre a humanidade inteira a epidemia moral dos chamados rebeldes sem causa. Esses rapazinhos da nova onda, sem Deus e sem lei, andam em conluios por todos os cantos. Eles matam, ferem, violam, embriagam-se, etc. e nenhum governo consegue controlá-los. O mais grave dos chamados rebeldes sem causa é o seu estado de absoluta irresponsabilidade moral. Quando conduzidos perante os tribunais, nunca sabem porque feriram, porque mataram, e o que é pior: nem lhes interessa saber.” (pág.16)

“O sublime mundo artístico chegou ao máximo da degeneração. O templo da arte converteu-se num bordel, num prostíbulo, onde os homossexuais, os toxicômanos, os alcoólatras, as meretrizes, ladrões e assassinos buscar refúgio. É tão grave a corrupção humana que já fez do homicídio uma arte e para o cúmulo dos cúmulos existe atualmente clubes de assassinos e abundante literatura sobre a arte do assassinato. Todos os setores da arte atual acusam luxúria, drogas, alcoolismo, homossexualismo, sangue, horror...Os autores clássicos são olhados com o mais infinito desprezo. Tocar Beethoven ou Mozart numa festa moderna significa retirada geral dos convidados. Por outro lado, os quatro palhaços blasfemos da música degenerada da Inglaterra são condecorados pela rainha do império e as multidões imbecis beijam até o chão onde eles pisam.” (pag.16)

“Por todas as partes abundam os assassinatos, os roubos, infanticídios, matricídios, parricídios, uxoricídios, assaltos, violações, genocídios, ódios, prostituição, vinganças, feitiçarias, comércio de almas e comércio de corpos, cobiça, violência, inveja, orgulho, soberba, gula, preguiça, calúnias, etc....” [...](págs.16-17)

“Existe também em nosso interessantíssimo mundo certo grupo de pessoas com tendência crescente à degeneração. São pessoas que marcham resolutamente pelo caminho espiral descendentes: bêbados, suicidas, homossexuais, prostitutas, toxicômanos, assassinos, ladrões, etc. Esse tipo de gente repete de forma mais e mais descendente, em cada vida, os mesmos delitos até que no fim entram nos mundos infernais.” (pág.59)

“Em aparente e brilhante contraste com esse tipo de via de descenso ou fracasso, mas numa posição igualmente abominável, encontram-se os cavalheiros do alto mundo, os grandes triunfadores que adoram a Grande Rameira. São eles os milionários e os multimilionários, os cientistas perversos que inventam armas destruidoras, os tenebrosos sequazes da dialética materialista que tiram da humanidade os valores eternos, os fanáticos por esporte, os grandes competidores, os boxeadores, os vaidosos quebradores de recordes, os cômicos que jogam com o monstro das mil caras, as famosas estrelas de cinema que justificam os seus adultérios com inumeráveis divórcios e casamentos, os artistas degenerados da nova onda, pintores, dançarinas de rock, do twist, do mambo, os fundadores de seitas prejudiciais, os escritores de livros pornográficos, os céticos de todo tipo, etc.” (pág.59)

“O tipo triunfador está hipnotizado pelo êxito e é este precisamente o seu maior perigo. Tais pessoas ignoram que estão baixando pela espiral descendente e entrando nos mundos infernais embriagados de triunfo. O tipo triunfador sabe exatamente o que tem de fazer cada vez que retorna a este cenário do mundo e repete sempre as suas mesmas aventuras.” (pag.59)[...]



Eu particularmente penso que tudo isso pode ter causa na quase ausência da educação (tanto do lar quanto das escolas) e nas leis penais que vêm sendo hipocritamente adotadas e ministradas com frouxidão, além das baixarias apresentadas nos meios de comunicação, especialmente nas TVs que fazem as pessoas com mentes apoucadas, darem belas gargalhadas como se tudo fosse absolutamente sadio. Assim é que são forjadas as mentes abortistas e libertinas. Os mendicantes de votos que defendem a descriminalização e a liberação das drogas. Para eles, dirigir drogado e doidão — pode. Mas ai daquele que porventura tiver ingerido algum remédio com algum teor alcoólico e for pego dirigindo veículo automotor, numa blitz.

Somam-se a isso os maus exemplos dos homens públicos, que nunca recebem um corretivo a altura dos crimes que praticam. E quando recebem, são condenações risíveis que nem nos teatros acontecem. Neles sempre o feiticeiro ou a bruxa má sofrem as penalidades que bem mereceram conforme o enredo. Mas tudo também não passa de encenação e do “faz de conta”, como também nos cinemas, em que sempre o “mocinho” ou a “mocinha” vencem o mal.

Todas essas mazelas parecem que estão sendo orquestradas, sob uma só batuta, para um des-concerto no mundo todo.

Para os mais afoitos que abraçam a teoria da conspiração, tudo isso é verdadeiro e não parece ser uma urdidura que teria sido adotada por Adolf Hitler, com a intenção de provocar ódio contra os judeus. Portanto, tudo isso que estamos tratando, parece ter sido programado para acontecer e que está contido no famoso livro “Os Protocolos dos Sábios de Sião”[2], que teria sido escrito por Friedrich Herrmann Ottomar Goedsche, sob o pseudônimo de Sir John Retcliffe.

As ideias lançadas nos famigerados Protocolos, percorrem os caminhos tortuosos das paixões, dos vícios, etc. enfim — da amoralidade psicopática. E isso pode ser constatado pelos trechos extraídos dos referidos Protocolos. Eis alguns trechos para a avaliação do leitor:

[...]

“A política nada tem de comum com a moral. O governo que se deixa guiar pela moral não é político, e portanto, seu poder é frágil. Aquele que quer reinar deve recorrer à astúcia e à hipocrisia. As grandes qualidades populares - franqueza e honestidade - são vícios na política, porque derrubam mais os reis dos tronos do que o mais poderoso inimigo. Essas qualidades devem ser os atributos dos reinos cristãos e não nos devemos deixar absolutamente guiar por elas.”

“Nosso fim é possuir a força. A palavra "direito" é uma ideia abstrata que nada justifica. Essa palavra significa simplesmente isto: "Dai-me o que eu quero, a fim de que eu possa provar que sou mais forte do que vós". Onde começa o direito, onde acaba?”

“Num Estado em que o poder está mal organizado, em que as leis e o governo se tornam impessoais por causa dos inúmeros direitos que o liberalismo criou, veio um novo direito, o de me lançar, de acordo com a lei do mais forte, contra todas as regras e ordens estabelecidas, derrubando-as; o de por a mão nas leis, remodelando as instituições e tornando-me senhor daqueles que abandonaram os direitos que lhes dava a sua força, renunciando a eles voluntariamente, liberalmente...” (págs. 11-12)[...]

[...] “O resultado justifica os meios.” (pág.12)

[...]

“Temos diante de nós um plano, no qual está exposto estrategicamente a linha de que não nos podemos afastar sem correr o risco de ver destruído o trabalho de muitos séculos.”(Pág.12)

“Para achar os meios que levam a esse fim, é preciso ter em conta a covardia, a instabilidade, a inconstância da multidão, sua incapacidade em compreender e discernir as condições de sua própria vida e de sua prosperidade. É necessário compreender que a força da multidão é cega, insensata, sem raciocínio, indo para a direita ou para a esquerda. Um cego não pode guiar outro cego sem levá-lo ao precipício ; do mesmo modo, os membros da multidão, saídos do povo,- embora dotados de espírito genial, por nada entenderem de política não podem pretender guiá-la sem perder a nação.”(Págs.12-13)

“Somente um indivíduo preparado desde a meninice para a autocracia é capaz de conhecer a linguagem e a realidade políticas. Um povo entregue a si próprio, isto é, aos ambiciosos do seu meio, arruina-se na discórdia dos partidos, excitados pela sede do poder, e nas desordens resultantes dessa discórdia. É possível às massas populares raciocinar tranquilamente, sem rivalidades intestinas, dirigir os negócios de um país que não podem ser confundidos com os interesses pessoais? Poderão defender-se dos inimigos externos? É impossível. Um plano, dividido por tantas cabeças quantas há na multidão, perde sua unidade, tornando-se ininteligível e irrealizável.”(pág.13)

“Somente um autocrata pode elaborar planos vastos e claros, pondo cada cousa em seu lugar no mecanismo da estrutura governamental. Concluamos, pois, que um governo útil ao país e capaz de atingir o fim a que se propõe, deve ser entregue às mãos dum só indivíduo responsável. Sem o despotismo absoluto, a civilização não pode existir ; ela não é obra das massas, mas de seu guia, seja qual for. A multidão é um bárbaro que mostra sua barbárie em todas as ocasiões.  Logo que a multidão se apodera da liberdade, transforma-a em anarquia, que é o mais alto grau de barbárie.”(pág.13)

[...]

“Para tomar conta da opinião pública, é preciso torná-la perplexa, exprimindo de diversos lados e tanto tempo tantas opiniões contraditórias que os cristãos acabarão perdidos no seu labirinto e convencidos de que, em política, o melhor é não ter opinião. São questões que a sociedade não deve conhecer. Só deve conhecê-las quem a dirige. Eis o primeiro segredo.” (pág.42)

“O segundo, necessário para governar com êxito, consiste em multiplicar de tal modo os defeitos do povo, os hábitos, as paixões, as regras de viver em comum que ninguém possa deslindar esse caos e que os homens acabem por não se entenderem mais aos outros. Essa tática terá ainda como efeito lançar a discórdia em todos os partidos, desunindo todas as forças coletivas que ainda não queiram submeter-se a nós; ela desanimará qualquer iniciativa, mesmo genial, e será mais poderosa do que os milhões de homens nos quais semeamos divergências. Precisamos dirigir a educação das sociedades cristãs de modo tal que suas mãos se abatam numa impotência desesperada diante de cada questão que exija iniciativa.”(págs.42-43)

“[...].As massas consentirão em ficar inativas, a repousar de sua pretensa atividade política, (a que nós mesmos as habituamos, a fim de lutar por seu intermédio contra os governos dos cristãos), com a condição de ter novas ocupações; nós lhe inculcaremos mais ou menos a mesma direção política. A fim de que nada consigam pela reflexão, nós as desviaremos pelos jogos, pelas diversões, pelas paixões, pelas casas do povo...Em breve, proporemos pela imprensa concursos de arte, de esporte, de toda a espécie: esses interesses alongarão definitivamente os espíritos das questões em que teríamos de lutar com eles. Desabituando-se os homens cada vez mais de pensar por si, acabarão por falar unanimemente de nossas ideias, porque seremos os únicos que proporemos novos rumos ao pensamento...por intermédio de pessoas que se não suspeite sejam solidárias conosco.” (pag.90)

Como podem ver, não é difícil encontrarmos pessoas que santamente acreditam que os Protocolos não constituem uma farsa, por conta de tudo o que está acontecendo na sociedade humana moderna, já que aparentemente são coisas fomentadas por aqueles supostos “sábios”, que se fossem tão sábios assim, os seus protocolos jamais teriam saído do seu circulo secreto.

Sim, porque o que os Protocolos seriam um plano de ação arquitetado por aqueles sábios judeus, que usariam segundo eles, inclusive a Maçonaria, para incitar o ódio entre as classes sociais, promover o liberalismo (que atualmente bem poderia ser o neoliberalismo econômico), destinado a minar os valores tradicionais, desacreditando as instituições dos países, provocando, inclusive, as guerras.

Tal plano de ação visaria levar as nações primeiramente ao socialismo, e depois, ao comunismo que mataria os estados, para depois, então, criarem um governo mundial, argumentando que a ordem sai do caos.

Mas finalmente, o que mais chama a atenção nos Protocolos, é o que está escrito na sua página 11:

[...]

“A política nada tem de comum com a moral. O governo que se deixa guiar pela moral não é político, e portanto, seu poder é frágil. Aquele que quer reinar deve recorrer à astúcia e à hipocrisia. As grandes qualidades populares - franqueza e honestidade - são vícios na política, porque derrubam mais os reis dos tronos do que o mais poderoso inimigo. Essas qualidades devem ser os atributos dos reinos cristãos e não nos devemos deixar absolutamente guiar por elas.”

 “Nosso fim é possuir a força. A palavra "direito" é uma ideia abstrata que nada justifica.[...]”




Daí, a razão das pessoas menos esclarecidas se espantarem diante dessas afirmações, que como uma profecia, se encaixam muito bem e infelizmente, nessas mazelas todas que assumem aos olhos dessas mesmas pessoas, feições apocalípticas.


[1] A 1ª edição de 1981 foi traduzida para o português, da versão original de 1967, em espanhol, que tinha por título “Mensaje de Navidad”.
[2] Edições Júpiter, Rua Visconde de Paranaíba, 376, São Paulo (sem ficha catalográfica)

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