Luiz
Carlos Nogueira
Conta-se que
Nasrudin quis vender um turbante para um rei, por uma soma de muito alta de
dinheiro. Assim Nasrudin foi à Corte usando um turbante muito bonito, para não
dizer deslumbrante, que chamou a atenção de todos que estavam próximos,
inclusive do rei a quem na verdade o Mullá pretendia impressionar.
Ora,
não foi difícil, como dizem os pescadores: o peixe morder a isca.
Não se
contendo, o rei foi logo perguntando: Narudin, quanto você pagou por esse
turbante maravilhoso?
Ao que
Nasrudin respondeu: mil moedas de ouro, majestade.
Um
vizir que ali estava também, percebendo a astúcia de Nasrudin, quis convencer o
rei de se tratava de uma exploração, falando-lhe ao ouvido: Majestade, isso é
um logro, pois só um bobo pagaria muito por um turbante, só porque o achou
bonito!
Ato
contínuo, o rei perguntou: Por que você pagou muito caro pó esse turbante? Que
outra pessoa faria isso e por quê?
Muito
simples meu rei, eu fiz isso porque tinha a certeza que em todos os reinos, só
um rei compraria semelhante coisa. Só um rei merece um ornamento à sua altura.
Assim,
tocado pela vaidade despertada pelo elogio, o rei não pensou novamente e
decidiu comprar o turbante pelo preço pedido. O negócio foi fechado.
Mais tarde Narudin
ao encontrar com o vizir, disse-lhe: Muito bem, você pode conhecer e saber
avaliar quanto se pode pagar por um turbante, mas só que eu conheço as
fraquezas dos reis.
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