quarta-feira, 20 de março de 2013

AS FRAQUEZAS DOS REIS
















Luiz Carlos Nogueira













Conta-se que Nasrudin quis vender um turbante para um rei, por uma soma de muito alta de dinheiro. Assim Nasrudin foi à Corte usando um turbante muito bonito, para não dizer deslumbrante, que chamou a atenção de todos que estavam próximos, inclusive do rei a quem na verdade o Mullá pretendia impressionar.

Ora, não foi difícil, como dizem os pescadores: o peixe morder a isca.

Não se contendo, o rei foi logo perguntando: Narudin, quanto você pagou por esse turbante maravilhoso?

Ao que Nasrudin respondeu: mil moedas de ouro, majestade.

Um vizir que ali estava também, percebendo a astúcia de Nasrudin, quis convencer o rei de se tratava de uma exploração, falando-lhe ao ouvido: Majestade, isso é um logro, pois só um bobo pagaria muito por um turbante, só porque o achou bonito!

Ato contínuo, o rei perguntou: Por que você pagou muito caro pó esse turbante? Que outra pessoa faria isso e por quê?

Muito simples meu rei, eu fiz isso porque tinha a certeza que em todos os reinos, só um rei compraria semelhante coisa. Só um rei merece um ornamento à sua altura.

Assim, tocado pela vaidade despertada pelo elogio, o rei não pensou novamente e decidiu comprar o turbante pelo preço pedido. O negócio foi fechado.

Mais tarde Narudin ao encontrar com o vizir, disse-lhe: Muito bem, você pode conhecer e saber avaliar quanto se pode pagar por um turbante, mas só que eu conheço as fraquezas dos reis.

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